"O evento celebra o outono, com especial enfoque para a sustentabilidade da natureza, da biodiversidade. Normalmente o evento centra-se na Quinta. […] Este ano, com a inauguração há uns dias da nova estrutura do ‘treetop walk’, terá também terá um outro centro, porque a entrada será também gratuita durante os dois dias”, anunciou em conferência de imprensa a presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves, Ana Pinho, sublinhando que a festa é também mais uma forma de “celebrar os 30 anos de Serralves e o seu parque”.

A 11.ª Festa do Outono arranca pelas 10:00 de sábado no Prado com cerca de 20 oficinas e atividades para todas as idades, sem necessidade de marcação prévia.

Durante a tarde, às 14:45, um dos destaques da organização foi para o espetáculo musical “Balada das Vinte Meninas Friorentas”, no Celeiro, com interpretação vocal de Margarida Mestre, que declama um poema cantado em “redor do universo das andorinhas e dos seus ovos”, abordando temas como as gerações e as migrações, lê-se no dossiê de imprensa entregue aos jornalistas.

Aquele espetáculo repete no domingo, dia 29, às 11:15 e as 14:30, no mesmo local.

Ainda no sábado, pelas 16:30, no Jardim Maria Nordman, o músico e compositor Jorge Queijo apresenta uma performance musical a solo, sobre instrumentos de percussão tradicional do interior de Portugal, como, por exemplo, os pandeiros, adufes e materiais e objetos retirados da natureza.

À Lusa, Cristina Grande, uma das responsáveis pelo programa de artes performativas da Festa do Outono 2019, destacou ainda a peça de teatro “O Baile das Coisas Importantes”, do Teatro do Bolhão, com encenação de Joana Providência e texto de Afonso Cruz. A peça é apresentada no sábado, na Clareira da Presa, às 12:45 e depois às 16:30.

Mariana Roldão, responsável pela programação do Serviço Educativo, acrescentou à Lusa que este ano a programação teve como ponto de partida lançar um desafio para os educadores.

“Todos os temas que vão ser trabalhados nas oficinas são temas que não só chamam a atenção para a natureza, mas por outro [lado] para este sentido de responsabilidade que nos impõem, porque cada vez mais temos de ter uma resposta positiva e menos impactante com o ambiente que nos rodeia”, explicou, frisando que o objetivo “não é trabalhar as ciências, mas sim as emoções”, e “como aproximar as pessoas às causas”.

A Festa do Outono, dirigida a todos os públicos e gratuita, termina no domingo pelas 19:00 com o concerto da música Gwenifer Raymond, que começou a tocar guitarra aos oito anos depois de ter tido o seu primeiro contacto com o punk e o grunge, e que tem a sua apresentação marcada para as 18:15, no Jardim Maria Norman.

A iniciativa de Serralves conta ainda com uma Feira de Design e de Artesanato Urbano e com a Feira da Festa.