O festival decorrerá de 16 a 25 de julho, com a previsão de sessões de cinema em sala, contando com os “horários alargados anunciados para a nova fase do desconfinamento”, e terá também programação em modelo VoD (‘video on demand’) e noutros locais do país, para “alargar o seu público a nível nacional e internacional”.

Da programação hoje anunciada, a direção do Curtas revela que dedicará uma retrospetiva à realizadora Lynne Ramsay, que estará presente em Vila do Conde. Embora pouco extensa, a filmografia da cineasta é “um portento inesquecível, repleto de momentos e imagens que ecoam no tempo e ficam na memória”.

Dela serão mostradas as primeiras ‘curtas’ de carreira, nomeadamente “Small Deaths” (1996), premiada em Cannes, e “Kill the day” (2000), distinguido em Clermont-Ferrand, e também as ‘longas’, como “O Romance de Morven Callar” (2002) e “Temos de falar sobre Kevin” (2011).

As competições internacional e experimental do Curtas de Vila do Conde contarão com 51 filmes de 24 países, entre documentário, ficção e animação.

A organização destaca a seleção de filmes de Ana Elena Tejera, Virpi Suutari, Georges Schwizgebel, Bárbara Wagner e Benjamin de Burca e Guy Maddin, e aponta outras estreias nacionais, nomeadamente “Quattro Strade”, filme-diário de Alice Rohrwacher, sobre o primeiro confinamento geral em Itália, em 2020.

Em Vila do Conde será também mostrado “Night for Day”, de Emily Wardill, a partir de entrevistas à médica Isabel do Carmo, “revolucionária da resistência contra o regime fascista em Portugal”, e outros seis filmes portugueses, de Sandro Aguilar, Lúcia Prancha, Pedro Maia, Margarida Albino, Kate Saragaço-Gomes e Helena Gouveia Monteiro.

Anteriormente, a direção do Curtas tinha já anunciado que, nas secções não competitivas, daria atenção ao cinema de quatro realizadores: o português Jorge Jácome, os iranianos Ali Asgari e Farnoosh Samadi, e a grega Jacqueline Lentzou.

São quatro cineastas de uma nova geração, “cujo trabalho revela uma abordagem contemporânea e vanguardista, pontualmente disruptiva, que atravessa as fronteiras dos géneros e ousa experimentar os limites da linguagem cinematográfica”, garante a organização do festival.