Na sua quarta edição, o festival fomenta, segundo o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, “a reflexão sobre a relação entre o ócio e o negócio e a forma como isso se refletirá no futuro”, numa programação que defende ter “a maior coerência de sempre”.
Os 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago e uma homenagem a Eduardo Lourenço marcam o primeiro dia do FOLIO — Festival Literário Internacional de Óbidos que, até 07 de outubro, reunirá na vila escritores como Carlos Franz (Chile), Karla Suárez (Cuba), Abdul Rahman Azzam (Qatar), Ismael Mateus (Angola), António Torres (Brasil), José Manuel Fajardo (Espanha) e os angolanos Pepetela e Ondjaki.
Entre os portugueses marcarão presença, entre outros, Nuno Camarneiro, João Soares, Luís Amado, Hugo Mezena, José Riço Direitinho, Henrique Manuel Bento Fialho, Dulce Maria Cardoso, Alfredo Cunha, Pacheco Pereira e Fernando Rosas.
Ao todo, as 831 horas de programação “envolverão 554 participantes diretos”, entre autores, pensadores, artistas e criativos que, segundo o autarca, participarão nas 26 mesas de escritores, 25 concertos e 11 exposições que compõem o programa com mais de 185 atividades.
Dividido em cinco capítulos (Autores, Folia, Educa, Ilustra e Paralelo), o festival substitui nesta edição o Folio Paralelo pela Boémia, “uma programação que juntará leitores e autores em locais improváveis, para lá da meia-noite”, explicou Humberto Marques à Lusa.
No Ilustra o festival voltará a ser palco da PIM — Mostra de Ilustração e da entrega do Prémio Nacional de Ilustração 2018 a Madalena Matoso, pela obra “Não é nada difícil”.
No Folio Educa há lugar para o IV Seminário Internacional, que reunirá em Óbidos destacados pensadores nacionais e internacionais na área da educação e do ensino.
Este ano, o Dia Europeu das Línguas é também celebrado no FOLIO com um programa cultural diversificado e atividades para toda a família que, segundo a organização, permitirá “aos participantes experienciar as línguas e culturas de diferentes países europeus”.
Trata-se de uma iniciativa da EUNIC Portugal – uma organização sem fins lucrativos integrada numa rede constituída pelos Institutos Nacionais de Cultura – em parceria com o município de Óbidos e com apoio da Representação da Comissão Europeia em Portugal.
Teatro, fado, folk e a prestação de orquestras da região e solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa integram o cartaz da Folia que marcam os 11 dias de festival que, na sexta-feira (dia 28), será palco da gravação do programa “Governo Sombra”, com Carlos Vaz Marques, Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia e João Miguel Tavares.
Pelo segundo ano consecutivo, o Folio inclui também cursos de escrita criativa e um Curso Breve ministrado por Gonçalo M. Tavares a partir do livro “O Senhor Valéry” e de Breves notas sobre Literatura Bloom.
A quarta edição do Folio tem um orçamento de 256 mil euros e conta com os apoios do Turismo de Portugal e do Turismo do Centro.
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