Realizado por Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, o filme acompanha dois anos de vida de Indianara Siqueira, de "luta e resistência" pelos direitos de comunidades marginalizadas e numa altura de convulsões políticas no Brasil, desde destituição de Dilma Rousseff à eleição de Jair Bolsonaro.
O Queer Lisboa, que decorrerá de 20 a 28 de setembro no Cinema São Jorge e Cinemateca Portuguesa, irá associar-se às comemorações dos 20 anos da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, que teve a sua primeira edição em 2000.
Haverá uma mostra fotográfica de 20 anos da marcha, no Cinema São Jorge, e "uma conversa à volta dos 'Novos Populismos' e do impacto cada vez mais devastador que estes têm nas vidas das populações LGBTI+ em todo o mundo".
Um dos destaques, hoje anunciado, é uma retrospetiva com filmes que integraram a secção "Panorama", criada há 40 anos no Festival de Cinema de Berlim e que o Queer considera ser "uma das mais ousadas e inspiradoras montras de cinema não alinhado (incluindo o cinema queer) na Europa".
A secção "Queer Focus" terá como mote a "ecosexualidade como nova identidade sexual e a Natureza como amante em vez de mãe", num "manifesto ecosexual" assinado por Annie Sprinkle, ex-atriz porno feminista, e Beth Stephens, professora e ativista ambiental.
É no Queer Lisboa que o realizador português Vicente Alves do Ó fará a antestreia do filme "Golpe de Sol" focado em quatro personagens numa casa isolada no campo, à volta de uma piscina. O elenco integra Ricardo Pereira, Nuno Pardal, Oceana Basílio e Ricardo Barbosa.
Nesta edição, a organização faz ainda referência a uma conversa, com o apoio da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, sobre "o papel que os governos devem ter na defesa dos direitos e na inclusão e paridade social das pessoas transgénero e intersexo".
A programação completa do Queer Lisboa será revelada a 10 de setembro.
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