O realizador disse hoje à Lusa que programou uma antestreia neste concelho do Nordeste Transmontano, em que pretende reunir o elenco de onze atrizes nacionais que, juntamente com residentes locais, fizeram o filme e a data apontada para a sessão é 23 de abril.
A estreia nacional será a 27 de abril e o filme “não acaba aqui”, disse o realizador.
Terá um “desenvolvimento” numa série de cinco episódios, que será exibida em outubro pela RTP.
O título será o mesmo, “Fátima”, depois João Canijo ter pensado em nomes alternativos como “Ámen” ou “Caminhos da Alma”, por já existir outro filme com o mesmo nome.
O realizador foi hoje a Vinhais com uma das atrizes do elenco, Anabela Moreira, dar a novidade às gentes locais, nomeadamente da aldeia de Rio de Fornos, onde viveram durante várias semanas para se prepararem para o filme e onde começaram as filmagens, há cerca de um ano.
A antestreia será no Centro Cultural de Vinhais porque foram as pessoas desta terra que permitiram fazer o filme, como realçou.
Anabela Moreira lembrou à Lusa que o elenco viveu em Rio de Fornos, em Vinhais, desde janeiro até final de março de 2016 e que para agradecer às pessoas que as ajudaram durante este trabalho, o grupo de onze atrizes vai estar também na sessão prevista para 23 de abril.
A população local vai ver a versão mais longa de 200 minutos, que João Canijo espera também apresentar em algumas salas de cinema, embora a versão comercial tenha 150 minutos.
O realizador não expressa expectativas em relação à receção do público e prefere realçar que fica “contente” quando lhe dizem que “o filme parece quase um documentário” e lhe perguntam “se todas são atrizes” quando veem o desempenho das diferentes mulheres retratadas no filme.
Este trabalho mostra a mais longa e dura peregrinação a Fátima, que parte anualmente desta zona do distrito de Bragança, a mais distante do santuário, e que percorre 430 quilómetros, a pé, em nove dias.
No elenco participam atrizes como Rita Blanco, Ana Bustorff, Márcia Breia, Anabela Moreira, Cleia Almeida, Sara Norte ou Teresa Tavares que se inspiraram em protagonistas da vida real com tarefas banais do quotidiano como a lavoura, estar atrás do balcão e trabalhar no centro de saúde, numa escola, numa fábrica de enchidos ou no posto de turismo.
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