O festival, apresentado hoje no Museu do Aljube, em Lisboa, surge neste terceiro ano num modelo “diferente e que se reinventou” para, segundo a vereadora da Cultura na Câmara de Óbidos, Celeste Afonso, apresentar “a mais internacional edição de sempre” do evento.

Garantida está, segundo os organizadores, a Câmara de Óbidos e a Óbidos Vila Literária, a participação de autores, artistas e especialistas de “14 nacionalidades em representação dos cinco continentes do globo”.

Organizado, como nas duas edições anteriores, em cinco capítulos - Autores, Folia, Educa, Ilustra e Folio Mais – a terceira edição do Folio conta este ano com a colaboração da rede de cidades criativas da UNESCO, de que Óbidos faz parte desde dezembro de 2015.

Granada e Heidelberg - duas cidades criativas da literatura - levarão ao festival “uma programação que mistura música e literatura” e Montreal (Canadá), cidade do Design da UNESCO, levará ao festival vários escritores.

Na edição deste ano estreita-se ainda a relação com o Brasil com a parceria com o Festival Literário Internacional de Paraty (FLIP), a ganhar novos contornos ao abrigo de um protocolo com a EDP daquele país.

O ano da internacionalização será também, segundo o curador da iniciativa, José Pinho, “o ano da revolução” com a organização a deixar de contar com apoio financeiro por parte do Turismo do Centro e a alargar as parcerias a entidades como a Fundação Millennium BCP, Fundação José Saramago, Fundação Francisco Manuel dos Santos, entre outras, para fazer face às despesas de produção, que são "na ordem dos 200 mil euros”.

Na apresentação do evento os organizadores não avançaram hoje com a definição de um orçamento final, que, segundo Celeste Afonso “dependerá dos apoios que se concretizarem por parte dos parceiros”, mas deixaram a garantia de que não haverá “redução da programação”.

Ainda assim o Folio muda de figurino, deixando de contar com a curadoria de José Eduardo Agualusa (Folio Autores) e de Anabela Mota Ribeiro (Folia) já que, “não havendo um orçamento definido para cada área, não havia uma programação para curar”, explicou a vereadora.

No capítulo da educação, o Folio Educa mantém a curadoria de Maria José Vitorino e, além de tertúlias e 'workshops' terá como ponto alto o 3.º Seminário Internacional, que contará com especialistas da Austrália, Espanha, Itália, Estados Unidos e Portugal.

Também o Folio Ilustra mantém a curadoria de Mafalda Milhões e a participação de ilustradores nacionais e internacionais num programa que não foi ainda divulgado.