“Este festival é único (…). Características únicas: zero por cento (0%) de álcool. A bebida oficial deste festival é água. (…) E além de não termos álcool, não termos drogas e a pegada de carbono ser 0% - é um festival completamente sustentável -, há uma característica que gosto de evidenciar, que é convidar as pessoas a andar descalças” e a estarem “conectadas com elas, com o outro e com a terra”, no jardim do Parque Maria Pia, avançou hoje Mac Silva, um dos organizadores do Gaya Human Experience, numa conferência de imprensa para apresentar o evento que acontece de 13 a 15 de setembro no Parque Maria Pia, em Gaia.
A 1.ª edição do festival Gaya Human Experience tem como missão a “revolução da forma como se vivem os festivais”, promovendo a sustentabilidade, o bem estar e a saúde mental, e onde não existe álcool ou drogas e a pegada de carbono vai ser medida para depois fazer uma reflorestação de forma a compensar o carbono gasto no festival.
Em entrevista à Lusa, Bruna Nunes, que também faz parte da organização do evento, explica que o objetivo de viver este festival é ajudar a “expandir a consciência das pessoas”, bem como trazer mais conhecimento às pessoas de técnicas para terem “uma melhor saúde mental”.
O festival vai permitir que os festivaleiros experienciem técnicas para o desenvolvimento pessoal ao nível “mental, espiritual, emocional e físico” e a tomarem mais consciência “do estado em que estão”, e depois possam ter técnicas ao longo dos dias para gerir de forma consciente o “stress e a robotização” e melhorar a saúde nesses quatro níveis, declara Bruna Nunes.
Uma das técnicas que vão estar patentes no festival é a ‘ecstatic dance’ (dança êxtase). Trata-se de uma “meditação ativa, onde através da música se toma consciência do corpo” para entender que partes do corpo se precisa de trabalhar, porque quando “há algum trauma ou doença ela está somatizada no corpo”, revela Bruna Nunes.
O yoga, acroyoga, a meditação, biodança, cura através do sol, tantra são outras técnicas que vão ser apresentadas no festival com a ajuda de facilitadores com o objetivo de que as pessoas tomem “consciência” e expandam o conhecimento para terem “melhor qualidade de vida”.
Mac Silva, que vai ser um dos facilitadores do festival, vai demonstrar a ‘ecstatic dance’ de forma gratuita na sexta-feira, dia 13, no Parque Maria Pia.
O evento conta com o apoio da Águas de Gaia, empresa que se associa para ajudar a passar a mensagem de que um festival pode não ter álcool e que pode ter preocupações ambientais, como explicou o presidente do Conselho de Administração da Águas de Gaia.
“Somos uma empresa de água que também tem preocupações ambientais, sustentabilidade ambiental e, portanto, este festival tem essa mensagem não só de bem-estar, mas também muito ligada ao fator Terra, ao meio ambiente (…). Faz todo sentido que a Águas de Gaia se associe logo à partida, porque neste festival a bebida oficial vai ser mesmo água e vai ser a nossa água. Água da torneira. É uma forma de a promovermos, numa lógica em que a água da torneira é segura para consumo humano”, disse Miguel Lemos.
Segundo o responsável, o festival vai contar com pontos de reabastecimento de água, onde os participantes poderão encher as suas garrafas reutilizáveis, bem como alguns pontos de água aromatizada e onde se vão dar algumas dicas para consumir água da torneira de outra forma, como por exemplo através de cocktails sem álcool.
A organização estima ter cerca de 500 pessoas em cada dia do festival, que conta ainda com a coorganização da Câmara de Vila Nova de Gaia.
No primeiro dia, a entrada no festival é gratuita.
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