Quando, no final de 2020, a atriz Sara Barros Leitão recebeu, no palco do Teatro Nacional D. Maria II, Prémio Revelação TNDMII / Ageas, anunciou que os cinco mil euros que acabara de receber teriam como destino a criação de um clube do livro feminista. Nasceu o projeto Heroídes, em algumas horas após a abertura das inscrições, em janeiro, já tinha atingido o limite de 500 participantes.

Desde então, todos os meses houve sessões na internet para falar de livros, sempre no último sábado de cada mês. Agora, terá uma segunda edição em 2022, com algumas novidades, incluindo, dois encontros presenciais.

Ao longo deste ano, para cada mês havia uma convidada ou convidado que escolhia o livro para o mote da conversa. "Apesar de seguir uma receita simples, os resultados surpreendem, contando-se um total de 4188 pessoas inscritas num ano", revela a estrutura artística 'Cassandra', por trás do projeto.

"Uma das premissas das Heróides é desafiar as pessoas a procurarem os livros nas bibliotecas, ou a adquirirem-nos em alfarrabistas ou pequenos livreiros. Todos os livros escolhidos devem estar traduzidos em português, e devem custar menos de 20 euros, para que seja mais acessível a todas as pessoas que queiram participar. As sessões são de participação gratuita e todas têm tradução em Língua Gestual Portuguesa", explica ainda a organização, em comunicado.

No próximo ano, as sessões online mantêm-se, mas há ainda duas sessões presenciais, uma em maio, em Torres Vedras, e outra em novembro, em Joane, Famalicão. "Os encontros presenciais são também de participação aberta e gratuita, possibilitando a que se levem crianças de qualquer idade", acrescenta a organização.

Na lista de livros a ler em 2022, estão títulos como O coração é um caçador solitário, de Carson McCullers, Um quarto que seja seu, de Virginia Woolf, Rapariga, Mulher, Outra, de Bernardine Evaristo ou Inferior, de Angela Saini.

Entre as convidadas responsáveis pelas escolhas estão Gisela Casimiro, Andrea Peniche, Angélica Varandas ou Faranaz Keshavjee, revela a estrutura.

Já para os meses dos encontros presenciais, "a ideia é passar a tarde a ler em conjunto os livros As Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, e As Mulheres do Meu País, de Maria Lamas.

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