Em pleno centro da capital do país, a escultura de metal, com mais de sete metros de altura, apresenta Mikhail Timofeyevich Kalashnikov, que morreu com 94 anos, com uma AK-47 em punho.
Projetada em 1947, foram fabricadas, de acordo com as estimativas de um estudo do Grupo Banco Mundial, mais de 100 milhões de exemplares da "família" Kalashnikov em todo o mundo.
Para o Kremlin, o desenho da criação do antigo engenheiro militar "encarnava os melhores traços do homem russo: um talento natural extraordinário, a simplicidade, a integridade e a organização". Pela voz do ministro da Cultura, Vladimir Medinski, a espingarda automática criada por MK, foi hoje considerada pelo executivo como sendo a "verdadeira marca cultural da Rússia".
Kalashnikov morreu em 23 de dezembro de 2013, aos 94 anos, tendo tido direito a um funeral com honras militares, perto de Moscovo, que contou com a presença do presidente Vladimir Putin e de outros altos membros do Governo.
Nascido em 10 de novembro de 1919 numa localidade da Sibéria, Mikhail Kalashnikov permaneceu no ativo praticamente até à data da sua morte.
A kalashnikov, uma arma robusta, fiável e capaz de atuar nas condições mais adversas, tornou-se o símbolo da luta armada pela independência e aparece em várias bandeiras, incluindo a de Moçambique e a do movimento xiita libanês Hezbollah.
Kalashnikov, o inventor, não recebeu nenhum dinheiro com a venda dos AK-47, utilizadas por exércitos de mais de 80 países em todo o globo.
A empresa Kalashnikov, em decadência no momento da morte do engenheiro, passou por uma profunda modernização com o auxílio do poder público, que anunciou este ano a transferência da maior parte do capital para a mão dos investidores privados.
A empresa concentrou-se nas exportações e em melhorar a sua imagem, com a abertura de lojas para a venda de vários produtos derivados.
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