A partir de hoje, dia em que se assinalam os 20 anos da atribuição do Nobel da Literatura a José Saramago, está disponível o livro “Último Caderno de Lanzarote”, editado pela Porto Editora, um inédito do escritor descoberto casualmente por Pilar del Río, quando procurava no computador textos para o caderno de conferências de Saramago, que está a ser organizado por Fernando Gómez Aguilera.
Simultaneamente, é publicado “Um país levantado em alegria”, de Ricardo Viel, que conta os bastidores dos dias que antecederam e que se seguiram ao anúncio do Prémio.
Este mês, a Porto Editora publica também o segundo volume das memórias do antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, “Quinta-feira e outros dias 2 – Da Coligação à ‘Geringonça’”.
Na Sextante Editora, o destaque na ficção estrangeira vai para a publicação de “Lembranças Adormecidas”, o mais recente e primeiro romance de Patrick Modiano, depois da atribuição do Nobel da Literatura, em 2014, e para o último livro de Jean-Paul Dubois, “A Sucessão”, nunca anteriormente publicado em Portugal, e que foi finalista do Prémio Goncourt.
Já na chancela Livros do Brasil, vai sair uma reedição de “A Náusea”, de Jean-Paul Sartre, esgotado há muitos anos.
A Relógio d’Água vai lançar “O Banquete”, do filósofo Platão, com tradução de Maria Teresa Schiappa de Azevedo, que será dado a conhecer com as 39 ilustrações que Maria Helena Vieira da Silva fez para a obra saída em França, no início da década de 1970.
A editora de Francisco Vale vai também continuar a edição das obras de Agustina Bessa-Luís, e relançar o há muito esgotado “Lisboa — Livro de Bordo”, de José Cardoso Pires, com fotografias de José Carlos Nascimento.
Da escritora Cristina Carvalho, a editora vai publicar “A Saga de Selma Lagerlöf”, um romance biográfico sobre a escritora sueca, Nobel da Literatura, e continuar a publicar a obra de Yu Hua, em tradução, a partir do chinês, de Tiago Nabais, cujo próximo título, e um dos principais deste autor, é “Viver”.
Entre os clássicos, destaca-se “O Mayor de Casterbridge”, de Thomas Hardy, com tradução de José Miguel Silva, e, na poesia, a editora publica “A Chama”, que reúne inéditos de Leonard Cohen, em tradução de Inês Dias.
Pela Companhia das Letras, chega às livrarias “O príncipio de Karenina”, um novo livro de Afonso Cruz, autor multipremiado, escritor, ilustrador e músico, que desta vez criou uma novela lírica de um pai que conta a sua vida a uma filha que não conhece e que não fala a sua língua.
Na mesma chancela é publicado “Luanda, Lisboa, Paraíso”, o segundo romance de Djaimilia Pereira de Almeida, autora de “Esse cabelo”, publicado em 2015 pela Teorema, sobre a identidade e as relações entre pais e filhos, de uma família de origem angolana.
No panorama internacional, a editora destaca “Berta Isla”, do espanhol Javier Marías, eleito pelo jornal El País como livro do ano, sobre uma mulher que se transforma ao descobrir os segredos do marido, publicado na Alfaguara.
Já nas livrarias, o livro “Espaço para sonhar” ("Room to dream"), autobiografia do realizador e artista visual norte-americano David Lynch, coassinado pela jornalista Kristine McKenna, com cerca de 500 páginas e 30 fotografias, muitas delas inéditas, editado pela Elsinore.
Entre as novidades daquela editora, conta-se “Reservatório 13”, de Jon McGregor, que venceu o prémio literário Costa 2017, depois de ter sido finalista do prémio Man Booker, e que vai ser publicado pela primeira vez em Portugal.
Ainda no mesmo mês, chega às livrarias “A Odisseia de Penélope”, de Margaret Atwood, a autora de “A história de uma serva” (“The handmaid’s tale”), vencedora do Man Booker com “O assassino cego”, que reconta a “Odisseia”, centrando-se na personagem Penélope e na sua própria versão da história.
“Inverno” é o segundo volume da tetralogia de Ali Smith, iniciada com “Outono” (finalista do Prémio Man Booker 2017), que chega agora às livrarias portuguesas e que foi descrito pela crítica internacional como sendo uma prova de mestria literária, já finalista dos British Book Awards.
Na chancela Cavalo de Ferro está prevista a publicação do último volume da trilogia autobiográfica do Nobel da Literatura Elias Canetti, “O jogo de olhares: História de vida 1931-1937”.
A Tinta-da-China publica “O Pai da Menina Morta”, o romance de estreia do brasileiro Tiago Ferro e um livro “meteorito”, escrito a partir da experiência da morte da filha de oito anos do autor.
Ainda neste mês, a editora faz chegar às livrarias um livro de fotografia de Alfredo Cunha, intitulado “Retratos, 1979-2018”, e “Poesia-Antologia Mínima”, de Fernando Pessoa, numa edição de Jerónimo Pizarro, bem como a segunda edição da Granta em Língua Portuguesa, dedicada ao tema “Deus/es”.
O grupo editorial Leya vai publicar “A Última Porta Antes da Noite”, o mais recente livro de António Lobo Antunes, editado pela D. Quixote.
Na mesma chancela são lançados este mês o livro de poesia “Estranhezas”, de Maria Teresa Horta, “As Coisas da Alma e outras histórias em Conto”, de João de Melo, uma fotobiografia de Miguel Torga, da autoria de Clara Rocha, e ainda “Os Testamentos Traídos”, de Milan Kundera.
No grupo Bertand, a Quetzal publica “A arte de caminhar”, na senda de “Silêncio na Era do Ruído”, no qual o norueguês Erling Kagge discorre sobre a importância da caminhada no desenvolvimento pessoal de cada ser humano.
A Quetzal publica ainda um ensaio de Onésimo Teotónio de Almeida, “O século dos prodígios”, “Vida Moderna”, de Maria Filomena Mónica, e reedita um pequeno livro de sátira política, publicado em 1905, intitulado “O solilóquio do rei Leopoldo”, de Mark Twain.
Comentários