O prémio foi atribuído por unanimidade do júri – constituído pelos escritores e professores Paulo Sucena, José Manuel Mendes e Teresa Martins Marques — que considerou “A Gorda” um romance “marcado pela congruência e agilidade na construção da diegese” e “por uma estratégia de efabulação que recusa tanto o desenvolvimento linear da narrativa, como o predomínio de qualquer pendor e ornatos”.

O júri destacou ainda a “densidade das personagens principais” deste romance, editado em 2016, bem como a “escrita sóbria, eficaz no domar das relações entre a memória, não raro auto(biográfica), e o contexto, a ironia e a dissecação, a premência do tempo num presente contraditório”.