O 1.º Festival Ibérico do Javali é organizado pela Câmara de Reguengos de Monsaraz e pela União de Freguesias de Campo e Campinho e inclui ‘stands’ com artigos de caça, uma montaria, gastronomia, ‘showcooking’, colóquio e música.
O evento, explicou hoje à agência Lusa o presidente do município, José Calixto, insere-se na estratégia de desenvolvimento e de promoção definida para as localidades de S. Marcos do Campo e Campinho, que integram a mesma união de freguesias.
“Temos uma grande complementaridade entre as freguesias” do concelho, disse. No caso de S. Marcos do Campo, o objetivo é apostar nos recursos cinegéticos, “devido à sua riqueza nessa área”, enquanto, em Campinho, passa por vocacionar a localidade “mais para eventos náuticos e de pesca”, dada a proximidade da albufeira do Alqueva.
Com o festival dedicado ao javali, a organização pretende destacar esse potencial cinegético de S. Marcos do Campo, cujas montarias (caçadas ao javali) “são famosas e atraem muita gente”, frisou o autarca.
“Nessa zona, geridos pela própria união de freguesias, temos terrenos com recursos cinegéticos muito relevantes”, os quais “marcam mesmo toda a paisagem envolvente”, destacou, explicando que existem também várias associações locais de caçadores.
A temática, continuou, era, pois, “óbvia” e a intenção passa por fazer do festival ibérico um evento anual, dinamizado, futuramente, não só pela união de freguesias, mas também pelas associações de caçadores.
O programa arranca, na sexta-feira, às 14:30, com o colóquio “O javali e os seus impactos no ecossistema e na gastronomia”, na Casa Paroquial da aldeia, com intervenções de especialistas, seguindo-se, às 19:00, a cerimónia oficial de abertura, com cante alentejano.
O ponto alto da iniciativa, pelo menos para os caçadores, está guardado para sábado, às 09:00, com a realização da montaria ao javali, um tipo de caçada que o presidente da câmara realçou ser importante para manter “o equilíbrio no ecossistema”.
“O javali é uma espécie que não é isenta de alguns problemas quando existe em excesso”, colocando em risco “a segurança rodoviária, a segurança nas explorações agrícolas e pecuárias e nas hortas”, referiu.
Por isso, frisou, “é necessário fazer-se o controlo do javali e as montarias, que são caçadas organizadas e sujeitas a determinadas regras, com respeito pela natureza, são um instrumento fundamental para essa gestão e para equilibrar a dimensão da espécie no território em que se insere”.
Até domingo, para todos os visitantes, caçadores ou não, o festival inclui diversas atrações, como um ‘showcooking’ pelo ‘chef’ Carlos Galhardas, intitulado “Paladares do Montado”, gastronomia com pratos à base de caça num restaurante em Campinho, um espetáculo com a fadista Teresa Tapadas e atuações de grupos de cante e de música tradicional alentejana e de um grupo espanhol.
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