O festival vai reunir vários dos principais nomes do flamenco atual, como o Josémi Carmona Trio com Pepe Habichuela e o bailarino Farruquito (sexta-feira), para além de contar com as atuações da húngara Mónika Lakatos, do português Ricardo Ribeiro (domingo), dos romenos Taraf de Caliu (sábado), de Areno e Diego El Gavi (dia 19) e, a encerrar o festival, no dia 20, a No Smoking Band do realizador sérvio Emir Kusturica, que faz parte do júri desta edição.
“Num momento particular, que atravessamos, de discussão da presença da etnia cigana em Portugal, achámos extremamente importante fazer toda uma análise do que é verdadeiramente a cultura Rom, a celebração e tudo o que nos têm dado”, afirmou o produtor e diretor do LEFFEST, Paulo Branco, durante a apresentação do evento, em setembro.
Nesse âmbito, o festival vai também apresentar uma exposição — anunciada como a primeira em Portugal -, no MU.SA, em Sintra, da artista Rom austríaca Ceija Stojka (1933-2013), que sobreviveu a três campos de concentração Nazis e veio a tornar-se uma pintora e escritora que expôs em múltiplos países ao longo da carreira.
Adicionalmente, o festival vai também organizar debates quer sobre o passado da comunidade Rom quer sobre a situação atual, numa celebração que pretende servir de “resposta e reação a todos os discursos xenófobos e anti-Rom que está a haver na Europa inteira”, como disse a programadora Inês Branco Lopéz, também aquando da apresentação do programa.
O LEFFEST, que se volta a distribuir por vários espaços de Lisboa e Sintra, vai ter cerca de uma dezena de filmes em competição e 16 fora dela, com destaque para estes últimos, entre os quais se contam os mais recentes trabalhos de Joaquim Pinto e Nuno Leonel (a trilogia “Pathos Ethos Logos”), de Paul Schrader (“The Card Counter”) ou de Joachim Trier (“The Worst Person in the World”), bem como “Mães Paralelas”, de Pedro Almodóvar.
A competição do festival inclui “A Chiara”, de Jonas Carpignano, “A Night of Knowing Nothing”, de Payal Kapadia, “Brother’s Keeper”, de Ferit Karahan, “La Caja”, de Lorenzo Vigas, “Leave no Traces”, de Jan P. Matuszynski, “Onoda — 10.000 Nuits Dans La Jungle”, de Arthur Harari, “Ouistreham”, de Emmanuel Carrère, “Red Rocket”, de Sean Baker, “The Innocents”, de Eskil Vogt, “Unclenching The Fists”, de Kira Kovalenko, e “White Building”, de Kavich Neang.
Para além de Kusturica, o júri desta edição é composto pelo Nobel da Literatura J. M. Coetzee, pela realizadora e produtora Maria Speth, pela atriz Dolores Chaplin e pela poeta Ana Luísa Amaral.
O LEFFEST vai ainda realizar retrospetivas de Jane Campion, Ryusuke Hamaguchi, Mike Dibb, Cristi Puiu, Maria Speth, Tony Gatlif, com um foco sobre o trabalho do realizador e produtor português Rodrigo Areias e a exibição de peças filmadas e uma ‘masterclass’ pelo encenador italiano Romeo Castellucci.
Pela primeira vez, o festival vai ter uma extensão em Matosinhos, no Norteshopping, de 21 a 24 de novembro, em parceria com os Cinemas NOS.
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