O Grande Incêndio (Great Fire) de 1666, como é conhecido, destruiu a maior parte da cidade murada, que datava dos tempos romanos, obrigando à sua reconstrução do zero.
A capital recorda este fim de semana o drama com uma série de atividades que vão culminar com a queima da maquete em madeira da cidade, num evento que será realizado no rio Tamisa para evitar incêndios.
"Será espetacular", prometeu Helen Marriage, diretora da empresa Artichoke, responsável pelo programa "London's Burning" ("Londres está a queimar").
A maquete foi construída pelo americano David Best e o falso incêndio será transmitido ao vivo pela internet a partir de domingo, às 20h25, mesma hora em Portugal.
O Grande Incêndio de Londres começou pouco depois da meia-noite de 2 de setembro de 1666 na padaria Thomas Farrinor da rua Pudding Lane - que ainda existe - e foi-se alastrando.
Extinguiu-se finalmente a 5 de setembro, transformando em cinzas 80% da cidade murada, cerca de 13.200 casas, 87 igrejas e a catedral de Saint Paul.
O balanço oficial foi de apenas 6 mortos, mas entre 70 mil e 80 mil pessoas tiveram de fugir, na sua maioria para os campos adjacentes às muralhas.
Foram registados tão poucos mortos porque "o fogo não apanhou as pessoas de surpresa" e elas tiveram tempo de fugir, principalmente em direção ao rio, explicou Meriel Jeater, curadora da exposição "Fire! Fire! no Museu de Londres.
Em seguida começou a procura por culpados, e os estrangeiros e católicos tornaram-se bodes expiatórios, com a realização de linchamentos nas ruas de Londres.
Robert Hubert, um relojoeiro francês, confessou ter começado o incêndio e foi enforcado - embora estivesse no Mar do Norte quando o fogo começou.
A Londres das construções em pedra de estilo barroco inglês surgiu das cinzas daquela cidade de madeira, embora tenha mantido exatamente o velho traçado por respeito aos direitos de propriedade.
A exposição do Museu de Londres contém objetos que foram salvos do incêndio e cartas da época que narram o ocorrido.
Além da queima da maquete, o programa de atividades inclui a projeção em vídeo de um incêndio na cúpula da catedral de Saint Paul.
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