“Hoje assinala-se um dia precioso na minha vida. Eu e o Asser (Malik) demos o nó para sermos parceiros para a vida”, escreveu no Twitter, numa publicação acompanhada por algumas fotos de ambos.

"Celebrámos uma pequena cerimónia nikkah (casamento islâmico) em casa em Birmingham com as nossas famílias. Por favor enviem-nos as vossas orações. Estamos ansiosos para caminhar juntos a jornada que temos pela frente", acrescentou.

Malala Yousafzai nasceu em 1997 no Vale de Suate, no Paquistão e começou a sua luta em 2007, quando os talibãs impuseram o radicalismo nessa mesma região turística do Paquistão, até então pacífica.

Aos 11 anos, a ativista, filha de um diretor de escola e de uma mãe analfabeta, tinha um blog no site da BBC em urdu, o idioma nacional, onde escrevia sob o pseudónimo Gul Makai.

No blog, descreveu o clima de medo que se instalou no vale, onde morava, e começou a ganhar notoriedade, pelo que os talibãs decidiram matá-la, acusando-a de fazer “propaganda ocidental”.

Aos 15 anos, levou um tiro na cabeça e no ombro num ataque ao autocarro escolar que a levava para casa, de regresso da escola, em Mingora, no vale do Swat.

Entre a vida e a morte, a adolescente foi levada para um hospital em Birmingham, no Reino Unido, onde recuperou a consciência seis dias depois. A história comoveu o mundo e Malala, que só desejava educação para as raparigas no seu país, tornou-se uma “lenda”.

Depois da sua saída do Paquistão, Malala participou em várias conferências internacionais, nas quais pediu paz e educação para as crianças, apelando aos líderes mundiais para que enviassem livros e não armas.

Desde então, tornou-se um ícone da defesa do direito das mulheres à educação e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2014, com apenas 17 anos de idade.

Malala escreveu uma autobiografia, lançada em 2013 em todo o mundo, tem um retrato exposto na National Gallery de Londres, reúne-se com líderes mundiais e faz palestras em todo o mundo.

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