Em comunicado, a Malvada explicou que este espetáculo transdisciplinar, criado por Ana Luena e José Miguel Soares, vai ser apresentado no renovado Salão Central Eborense, no centro histórico de Évora.
Nos dias 16 e 17, às 21:30 e 18:00, respetivamente, têm lugar sessões dirigidas ao público geral, enquanto, nos dias 19 (15:00) e 20 (11:00), as apresentações são para escolas e grupos, indicou a associação.
Nesta produção, segundo a associação artística, “constrói-se uma dramaturgia que parte da ideia de ‘monstro’ como um ser que conjuga diferentes elementos e que se inspira no conceito de heteronomia de Fernando Pessoa”.
“Explora-se na cena e na composição musical a profusão de personagens, personalidades fictícias e a multiplicidade de vozes em diálogo”, proporcionando “uma meditação sobre o desconhecido, plena de futuros infinitos”, pode ler-se na sinopse.
Os criadores ficcionam “a existência de um novo heterónimo, um conjunto de folhas só agora descobertas, cujo conteúdo revela um outro, complexo e fragmentado”.
“É a qualidade dispersiva e o sentido de auto-estranhamento (quando paramos para pensar no ser) inerentes à obra do autor que se explora na escrita, na dramaturgia e na encenação de Ana Luena, que inclui excertos de Fernando Pessoa e heterónimos”, de acordo com a sinopse.
Esta “manifestação performática” explora “a dicotomia entre a efemeridade da representação teatral, da vida, e o estado de transcendência que a arte possibilita”.
“À semelhança do legado literário de Fernando Pessoa, o espetáculo assume-se conceptualmente experimental e combina diferentes elementos num só, por vezes incompleto, inacabado, excêntrico, contraditório, híbrido e deveras solitário”, resumiu a Malvada.
Com texto cénico, encenação, cenografia e figurinos de Ana Luena, o espetáculo é interpretado por Beatriz Gonçalves e Tomás de Almeida.
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