Em comunicado, a autarquia, responsável pela atribuição do prémio, refere que "se trata de um livro em que o poeta investe a sua longa experiência de escrita e, ao mesmo tempo, dá uma presença muito forte da subjetividade perdida no tempo atual”.
Nesta obra, Manuel Alegre exprime as “marcas da realidade” atual, “mas transcendendo a circunstância através de uma escrita que rompe com os hábitos do poeta, sendo de sublinhar esta renovação de uma das vozes mais fortes” da poesia portuguesa.
Este prémio, do qual já se realizaram sete edições, em 1999, 2001, 2007, 2009, 2015, 2017 e 2019, procura promover o aparecimento de novos poetas, mas também “reconhecer o labor dos já consagrados”, lê-se na nota.
A cerimónia de entrega do prémio terá lugar no próximo dia 4 de setembro, no auditório da Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa.
O júri do prémio é constituído pelo poeta, crítico e professor Nuno Júdice, pela professora Carina Infante do Carmo, docente na Universidade do Algarve, e pela jornalista e escritora Isabel Lucas.
Após a sua interrupção, em 2009, o prémio foi recuperado em 2015, apresentando hoje um valor monetário de 5.000 euros e sendo atribuído bianualmente, desde então.
Em todas as edições, o prémio já teve mais de 50 obras a concurso, tendo sido atribuído a poetas como Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Nuno Júdice, João Rui de Sousa, Luís Quintais, João Luís Barreto Guimarães e Gastão Cruz.
O prémio António Ramos Rosa distingue o patrono da Biblioteca Municipal de Faro, que nasceu nesta cidade e foi um “vulto maior do panorama poético nacional e internacional”.
Esta iniciativa da Câmara de Faro conta com o patrocínio da Fundação Millenium BCP e os apoios da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Universidade do Algarve e do Jornal de Letras, Artes e Ideias.
Comentários