A ideia de George Parker Bidder era desenvolver um estudo sobre as correntes oceânicas e o comportamento das comunidades de peixes. Para tal lançou ao mar, em Plymouth, 1000 garrafas com mensagens, em inglês e em alemão, no início do século XX.

O resultado foi a deriva, durante 108 anos, quatro meses e 18 dias, de uma dessas mensagens, lançada a 30 de novembro de 1906, e que foi descoberta, em 2015, pela alemã Marianne Winkler enquanto passeava com o marido numa praia da ilha frísia de Amrum, na costa norte da Alemanha. O acontecimento já foi inscrito no livro de recordes do Guinness, que confirmou que esta é a mais antiga mensagem do género.

Segundo o The Guardian, Marianne Winkler e o marido perceberam que se tratava de uma mensagem antiga mas não tinham ideia do quão antiga era, pois não se encontrava datada. Assim, seguiram as instruções da mensagem e enviaram pelo correio o postal de volta para a MBA.

A associação fundada em 1884 não só ainda existe, como é também um centro de investigação marinha de renome internacional. Apesar da surpresa causada por tão inusitado correio, o nome do investigador continua a ser familiar na localidade dada a importância do trabalho desenvolvido por Bidder, que foi presidente da MBA entre 1939 e 1945. Graças à sua investigação foi possível provar pela primeira vez que as correntes do Mar do Norte se deslocavam de leste para oeste.

Como recompensa, George Parker Bidder prometia um xelim (unidade monetária em uso na época). Para cumprir a promessa do biólogo, Guy Baker, diretor de comunicação da MBA, explicou ao The Guardian que “encontrámos um velho xelim, penso que no eBay. Foi enviado com uma carta de agradecimento”.

Segundo o The Guardian, esta mensagem estabeleceu facilmente um novo recorde do Guinness, uma vez que a marca anterior pertencia a uma mensagem encontrada em 2013 no arquipélago escocês de Shetland, e que tinha estado à devida durante 99 anos e 43 dias.

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