Na manhã desta quinta-feira, juntam-se histórias e realidades bastante distintas desta operação militar que marca o início do fim da Segunda Guerra Mundial. Andrew Bailey, filho de um dos primeiros militares da marinha inglesa a colocar explosivos que permitiram o desembarque na Normandia, será um dos presentes no evento.

A sessão contará, ainda, com Jacqueline Vangoidsenhoven, que estava em Bruxelas durante os dias da libertação e que se recorda de um soldado inglês que lhe ofereceu um chocolate, soldado esse que reencontrou anos depois no Algarve; Jean Buhot, que tinha pouco mais de cinco anos quando se deu o desembarque e se recorda do barulho dos canhões dos navios; e Monique Benveniste, uma das refugiadas que veio nos comboios de França para Portugal com um visto passado pelo diplomata português Aristides de Sousa Mendes.

Da parte da tarde terá lugar a conferência “Portugal e a Segunda Guerra Mundial – A visão de historiadores”, que dará palco a um momento de aprendizagem e reflexão do papel e da envolvência de Portugal neste conflito militar global, com a presença de José Barata Feyo, Cláudia Ninhos, Inês Fialho Brandão e Manuel Nascimento.

“As memórias sobre a Segunda Guerra Mundial chegam-nos normalmente através de documentários ou revistas. Esta é uma oportunidade ímpar de ouvir relatos reais de quem efetivamente fez parte da história”, sublinha João Neto, diretor do Museu da Farmácia, em comunicado.

O Museu da Farmácia irá também inaugurar uma exposição, para visitar a partir de 6 de junho, com peças nunca antes expostas, num momento de encontro com a história e que conta com uma mochila do Desembarque na Praia de Omaha, em 1944, a Farmácia da Enfermeira de Adolf Hitler, objetos dos campos de concentração de Auschitwz e Bunchenwald, e caixas de medicamentos do filme “O resgate do Soldado Ryan” e da série “Irmãos de Armas”.

A exposição estará patente a partir de 6 de junho, no Museu da Farmácia, em Lisboa, podendo ser visitada de segunda-feira a sábado entre as 10h00 e as 18h00.