Intitulada “Drawing the World” (“Desenhando o Mundo”, em tradução livre), a exposição ficará patente ao público entre 28 abril e 15 de outubro, no Musée National d’Histoire et Art (MNHA), resultante de uma parceria estabelecida entre ambas as instituições.
Fonte do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) contactada pela agência Lusa indicou que a exposição, que estará patente no MNHA será acompanhada por um ciclo de conferências dedicadas a temas de história da arte portuguesa.
Entre as peças a apresentar na exposição contam-se obras como raros marfins de produção africana do início do século XVI, joias, marfins e mobiliário de origem indo-portuguesa, uma tela com a vista de Goa, antigo território sob administração portuguesa na índia.
Serão também exibidos um conjunto de têxteis e porcelanas de fabrico chinês, peças japonesas nambam, entre elas uma espingarda de cano lacado, e uma amostra representativa da importação de gemas do Brasil, nomeadamente uma custódia incrustada e joias de adorno feminino.
No primeiro núcleo da exposição, segundo a mesma fonte, vai destacar-se um conjunto de alabastros ingleses do século XV, ilustrando a abertura do mercado português às mais sofisticadas produções europeias, e obras de ourivesaria gótica de oficinas portuguesas.
Conceição Borges de Sousa, Luísa Penalva e Miguel Soromenho são os comissários desta exposição sobre um país “com as fronteiras mais antigas da Europa”.
“Portugal criou, a partir do século XV, um império global que estendeu a sua influência da África aos confins da Ásia e ao Brasil. Além da ligação entre estes territórios longínquos, através da famosa rota do Cabo – uma viagem aventurosa entre Lisboa e Goa – os portugueses ativaram também redes de comércio local que se estenderam por todo o Oriente”, assinala o MNAA, num texto sobre a exposição.
Animais e plantas até então desconhecidos, produtos de luxo, sedas e porcelanas, materiais raros e preciosos passaram a circular à escala mundial, “promovendo uma intensa assimilação de formas e de motivos decorativos das mais diversas origens”.
É esta mudança a nível global provocada pelos descobrimentos, com impacto no comércio, na diplomacia, nas artes, e até na vida quotidiana, que a exposição vai recordar até outubro no Luxemburgo.
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