Distinguido em 2017 com o Prémio Siletto pelo Fórum Europeu dos Museus, o Museu de Leiria ganhou assento no "The Best in Heritage" deste ano, que se realiza em Dubrovnik, na Croácia, de 26 a 28 de setembro.
O projeto de Leiria está entre os mais de 40 premiados convidados a partilhar experiências no âmbito da inovação e eficácia na preservação e comunicação do património. Entre eles estão referências como o Helsinki City Museum, da Finlândia, o Designmuseum Danmark, da Dinamarca, ou o Museu de História Natural Zhejiang, na China.
Para o vereador da Cultura da Câmara de Leiria é "uma honra muito grande" estar no "The Best in Heritage", sendo, "até hoje, o maior reconhecimento internacional do mérito do Museu de Leiria", destaca Gonçalo Lopes. "É um claro privilégio e um enorme orgulho".
"The Best in Heritage" acontece sob a égide de organismos como o ICOM - Conselho Internacional de Museus e a federação para o património cultural Europa Nostra. Na conferência, o Museu de Leiria mostrará que os quase 101 anos de percurso "são apenas o início de uma aventura coletiva e colaborativa que se quer sempre renovada", num projeto que se assume como "um museu de e para todos".
Apesar da escala humilde, quando comparado com os gigantes convidados, o Museu de Leiria quer transmitir "a ideia de que um museu vivo tem de ser pensado e desejado pela comunidade local, mas desenhado e materializado para um público global". "Não há museus pequenos", sublinha Gonçalo Lopes.
O caso de Leiria mostra que, "de modo inesperado", um museu pode ser "uma fonte de inspiração a nível internacional, se conseguirmos que cada pessoa que entra no museu se torne parte" dele. Isso mesmo justificou, em 2017, a atribuição do Prémio Siletto.
Sem esperanças de trazer para Portugal 'o prémio dos prémios' atribuído entre todos pelo "The Best in Heritage", o Museu de Leiria conta aproveitar a exposição privilegiada para somar pontos na candidatura a Capital Europeia da Cultura.
"O Museu de Leiria está agora integrado numa rede de contactos que inclui os melhores desta área a nível mundial o que, esperamos, se traduza num futuro de aprendizagem comum e projetos partilhados. Num momento em que Leiria se candidata a capital europeia da cultura, estas redes internacionais de partilha de conhecimento e sobretudo o contacto com projetos inspiradores são indispensáveis", conclui o responsável do município pela Cultural.
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