Aliando o ambiente de festa à valorização das tradições alfacinhas, o Museu de Lisboa - Santo António oferece um programa composto por guitarradas, percursos, oficinas, uma exposição de rua e um espetáculo de teatro que se prolonga pelo mês dedicado ao sant'Antoninho.

O programa é inaugurado com as habituais guitarradas que trazem o ambiente intimista das casas de fado para dentro do museu. No dia 3 de junho, José Manuel Neto e Ivan Cardoso tocam clássicos portugueses e várias desgarradas, com a sonoridade característica de Lisboa. O mesmo ambiente volta a ser recriado pela voz de Luís Caeiro, que a 9 de junho, às 19h, canta fados para Santo António

No dia 4 de junho, às 18h30, André Murraças recorda os milagres atribuídos a Santo António com um espetáculo de teatro com objetos e formas animadas. Os eventos continuam no dia 7 de junho, às 10h30, a pensar nos mais novos, com a oficina 'Há festa em Lisboa', que os desafia a construírem um arco enfeitado, um trono, um manjerico ou a escrever uma quadra.

Do museu para a rua, no dia 7 de junho, o percurso 'Aqui nasceu o Santo' visita alguns dos lugares onde o Santo cresceu e iniciou a sua vida cristã. No dia 10 de junho, aproveita-se o feriado parar passear entre as ruas do mesmo bairro, mapeando as igrejas que participam na procissão de Santo António e descobrindo mais sobre uma das mais antigas procissões de Lisboa.

A igreja de Santo António também não fica indiferente à animação que se sente durante este mês. A missa fadista, no dia 8, às 17h00, é uma iniciativa conjunta do QuoVadis - Turismo do Patriarcado e da Igreja de Santo António, que alia o fado ao culto. Os fados com temas religiosos complementam a missa habitual.

E porque a festa da cidade também se faz em todos os beirais, varandas, janelas, portas e vielas, a exposição de rua 'Tronos de Santo António' mantém-se fiel à tradição, inaugurando no dia 7 de junho e ficando disponível até ao final do mês. Os locais onde se encontram os tronos construídos pelos lisboetas estarão assinalados num roteiro que será disponibilizado brevemente no site do Museu de Lisboa.

Esta tradição remonta ao terramoto de 1755 e foi recuperada pelo Museu de Lisboa - Santo António em 2015. Desde então disseminou-se e foi adotada pelos habitantes, comerciantes e instituições. Em junho encontram-se tronos espalhados por vários bairros, em montras, janelas ou entradas de edifícios.