O estudo, encomendado a uma consultora externa para quantificar o contributo económico do museu nacional, foi feito com base em dados de 2018 e revela que 607 milhões de euros foram gerados de forma indireta e 25 milhões de forma direta.

O contributo económico total representa 16 vezes o orçamento do Museu do Prado e 48 vezes o apoio financeiro que recebe do Estado, que, em 2018, foi de 15,3 milhões de euros.

Na apresentação, hoje, dos resultados, o diretor do museu, Miguel Falomir, explicou que o estudo económico foi encomendado, porque a instituição deve justificar o seu trabalho e, ao mesmo tempo, responder aos que classificam a atividade cultural de “parasitária”.

Segundo o estudo, o Museu do Prado emprega 512 trabalhadores, mas, do ponto de vista económico, gerou 9.570 postos de trabalho diretos, indiretos e calculados, nos setores culturais, dos transportes, hotelaria e restauração.

Na apresentação, Marina Chinchilla, da administração do Museu do Prado, sublinhou que o resultado poderia ser ainda superior se o estudo incidisse nos dados estatísticos de 2019 – ainda não finalizados – uma vez que o museu atingiu um marco histórico no ano passado com mais de 3,2 milhões de visitantes.

Os dados são revelados numa altura em que a direção do Museu do Prado aguarda o orçamento do Estado do novo governo espanhol para avançar com a ampliação do Salão dos Reinos.

O Museu do Prado, que é descrito como “a instituição cultural mais importante de Espanha”, está ainda a celebrar 200 anos, a contar da inauguração a 19 de novembro de 1819.

Apresenta uma coleção de cerca de 8.000 pinturas, das quais 1.700 estão expostas no edifício Villanueva e mais de 3.200 estão distribuídas por instituições culturais de Espanha.

Foi o neto de Carlos III, Fernando VII, que tomou a decisão de criar um Real Museu de Pintura e Escultura, impulsionado pela mulher, a rainha portuguesa Maria Isabel de Bragança. O edifício do Museu do Prado foi desenhado por Juan de Villanueva em 1785.