A plataforma pioneira do ‘streaming’ também superou as expectativas de Wall Street com receitas de 9,56 mil milhões de dólares (8,77 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual), dos quais gerou 2,15 mil milhões de dólares (1,97 mil milhões de euros) em lucro líquido, de acordo com o seu comunicado de resultados hoje publicado.
O grupo californiano alertou, no entanto, que estes ganhos de assinantes foram mais fracos na primavera, depois de começar 2024 em alta, com 13 milhões de assinaturas adicionais obtidas durante a época de férias e mais de 9 milhões durante o primeiro trimestre.
A partir de 2025, porém, a Netflix deixará de divulgar este número a cada três meses, para se concentrar nas medidas de “engagement” do público (tempo gasto a ver os conteúdos), que refletem melhor a capacidade da plataforma para fidelizar e seduzir, segundo os responsáveis da empresa.
Nesta área, a Netflix não enfrenta apenas os seus concorrentes diretos (Disney, Apple, Amazon ou Max), mas também as inúmeras plataformas de ‘streaming’ e entretenimento, desde o YouTube aos videojogos via TikTok e canais de televisão.
Em maio, por exemplo, o YouTube era o serviço de ‘streaming’ líder nos Estados Unidos, com quase 10% de quota de mercado no setor televisivo, segundo o instituto Nielsen.
A Netflix ficou em segundo lugar com 7,6%, principalmente graças ao início da transmissão da terceira temporada de Bridgerton.
E o YouTube teve quase um quarto da audiência total só nas plataformas de ‘streaming’.
“O domínio de mercado da Netflix está a mostrar sinais de enfraquecimento”, realçou Mike Proulx, vice-presidente da Forrester.
De acordo com um estudo desta empresa, é “a única grande emissora que viu a sua utilização mensal diminuir entre os adultos americanos online em 2024”.
A política mais rigorosa de partilha de partilha contas entre utilizadores e o lançamento da subscrição mais barata com publicidade fizeram sucesso para esta plataforma.
Mas a maioria dos outros serviços oferece agora também uma fórmula com publicidade, gerando uma maior concorrência entre os anunciantes.
Para os convencer, a Netflix duplicou a aposta na transmissão de eventos em direto, muito populares entre as marcas.
A plataforma assinou um acordo de transmissão de dez anos com a liga norte-americana de wrestling profissional WWE, por 5 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros), e vai transmitir em direto no sábado um combate de boxe entre o ‘youtuber’ e o aprendiz de boxe Jake Paul e a lenda do boxe Mike Tyson.
Em maio o grupo adquiriu os direitos de pelo menos quatro jogos da liga profissional de futebol americano NFL, que terão lugar nos três dias próximos do Natal.
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