Os fadistas portugueses Bárbara Santos e Tiago Correia foram convidados para atuar no Teatro D. Pedro V todas as sextas, sábados e domingo, durante quatro semanas, disse Leong Wai Man, em conferência de imprensa.
Antes de se cantar o fado, os espetadores vão poder provar “vinho e petiscos portugueses”, numa combinação de música e gastronomia para criar “uma experiência completa, uma noite especial”, explicou.
Leong disse que o Instituto Cultural de Macau (ICM) vai colaborar com agências de viagens para vender aos turistas pacotes de bilhetes para estes espetáculos, que podem “mostrar que Macau é diferente das outras regiões chinesas”.
A diretora do ICM sublinhou que o projeto pretende “aproveitar as vantagens e singularidades de Macau”, começando pelo Teatro D. Pedro V, “um espaço patrimonial com significado histórico”, por ser o primeiro teatro de estilo ocidental na China.
Embora as noites de fado sejam “um projeto a título experimental”, cujo impacto será revisto após ter terminado, a dirigente garantiu que o objetivo é “ter atuações de marca permanentes”.
Leong acrescentou que os espetáculos poderão ser alargados a outros locais e edifícios do centro histórico de Macau, considerado Património Mundial pela Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
“Este é um projeto a que damos grande importância, porque queremos construir Macau como uma base cultural entre a China e os países de língua portuguesa”, disse.
As noites de fado são um dos 25 eventos que constam do programa de Inverno “Uma Base Cultural”, agora apresentado pelo ICM, em colaboração com as seis concessionárias de casinos de Macau.
O programa inclui um concerto de passagem de Ano Novo, que irá terminar com a atuação da cantora e compositora franco-brasileira Lia Sophia, a partir das 22:00 de 31 de dezembro, na praça do Lago Sai Van.
Na mesma noite, as Casas Museu da Taipa vão acolher gastronomia, música e dança, tendo “como mote a integração de várias culturas,”, disse Leong Wai Man, que destacou o envolvimento das comunidades com raízes na Austrália, Filipinas, Indonésia, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname.
Outro dos destaques é o pianista japonês Makoto Ozone, de 62 anos, descrito pelo ICM como “uma lenda do jazz” e nomeado em 2002 para um Prémio Grammy na categoria “Best Classical Crossover Album” (‘Melhor Álbum Clássico Transversal’).
Leong Wai Man sublinhou que o concerto de Makoto Ozone com a Orquestra de Macau irá situar-se precisamente nesse cruzamento de sons, que “reúne jazz e música clássica”.
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