"A sua passagem mais recente pelo Teatro Experimental do Porto, que dirigiu entre 1998 e 2009, foi representativa de uma continuidade histórica dos muitos homens e mulheres que fizeram do teatro português um exemplo de resistência", afirmou a ministra em comunicado.

Ator, encenador, autor e figurinista, Norberto Barroca morreu na quinta-feira aos 82 anos, revelou a câmara municipal da Marinha Grande, que decretou luto municipal.

Norberto Barroca nasceu na Marinha Grande em 1937 e tinha formação em Arquitetura e História, mas notabilizou-se sobretudo pela múltipla atividade teatral enquanto ator, declamador, encenador, cenógrafo, figurinista, professor e autor.

Oriundo do teatro universitário, Norberto Barroca estreou-se profissionalmente em teatro no Grupo Fernando Pessoa, do Centro Nacional de Cultura, em 1960, seguindo-se a Casa da Comédia, de que fez parte do grupo fundador, onde protagonizou a peça "Deseja-se mulher", de Almada Negreiros.

Trabalhou em salas e companhias como o Teatro Experimental de Cascais, Teatro Aberto, Teatro Estúdio de Lisboa, de Luzia Maria Martins, 1.º Acto, A Barraca, A Comuna, Novo Grupo/Teatro Aberto, Teatro S. Luiz, que dirigiu, Teatro Maria Matos, Teatro Nacional D. Maria II, e também em palcos de expressões de comédia e revista, como o antigo Teatro Laura Alves, na rua da Palma, e os teatros ABC e Maria Vitória, no Parque Mayer.

Trabalhou ainda com a Seiva Trupe e o Teatro Experimental do Porto, que dirigiu de 1998 a 2009.

A mais recente obra de Norberto Barroca foi o espetáculo de celebração dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande, estreado em 19 de outubro de 2019.

Preparava uma monografia sobre a atriz Mirita Casimiro.

O funeral de Norberto Barroca realiza-se no sábado, a partir das 14:00, na Igreja da Marinha Grande, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério da cidade, anunciou hoje a autarquia.

O corpo do encenador está a partir da tarde de hoje no Teatro Stephens.