A Culturgest, dirigida por Mark Deputter, revelou hoje a temporada 2022/2023, contando com “mais de quarenta momentos dedicados à criação contemporânea”, com várias estreias nacionais e internacionais nas áreas da dança, teatro e música, além de exposições, cinema e conferências.
Em setembro acontecerá a estreia de “Mulheres em Lisboa ou as espias de látex na madrugada de 25 de abril”, de Maria Duarte; um espetáculo que se associa ao centenário do nascimento da escritora Agustina Bessa-Luís, que se assinala no outono.
A peça de Maria Duarte é apresentada como “uma alta comédia” a partir de três obras de Agustina Bessa-Luís, “para falar sobre alguns aspetos da vida das mulheres portuguesas e da feminilidade como uma figura que permeia e estorva a trama cultural, política e sexual”.
Ainda em setembro, destaque para o espetáculo “Universal Declaration of Human Rights”, pela companhia Mala Voadora, e para o concerto do músico brasileiro Rodrigo Brandão com a Sun Ra Arkestra, liderada pelo saxofonista Marshall Allen.
A nova temporada da Culturgest, na área do teatro, contará ainda, em novembro, com a já anunciada ópera-performance “Sun & Sea”, das lituanas Rugile Barzdziukaite, Vaiva Grainyte e Lina Lapelyte.
A obra, que venceu o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2019, abrirá o Alkantara Festival, nos dias 11 e 12 de novembro, em Lisboa. Estará também a 04 e 05 daquele mês Teatro Rivoli, no Porto.
Em junho de 2023, a Culturgest contará ainda com “Os Possessos”, um espetáculo inspirado no trabalho curatorial de Hans Ulrich Obrist, com sete atores a interpretarem diferentes manifestos para um pequeno grupo de espectadores.
Na dança, a nova temporada assinala várias estreias, nomeadamente da coreógrafa Marlene Monteiro Freitas, com “Ôss”, em parceria com a companhia Dançando com a Diferença, em novembro, também no âmbito do Alkantara Festival.
Em janeiro, acontecerá o regresso da coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker, com “Mystery Sonatas/For Rosa”; uma nova criação “dedicada a mulheres de resistência”: Rosa Bonheur, Rosa Luxemburg, Rosa Parks, Rosa Vergaelen e Rosa, a ativista climática de 15 anos que morreu em 2021.
Ainda na dança, a Culturgest contará, por exemplo, com novas criações de Victor Hugo Pontes, em fevereiro, Lia Rodrigues e Tânia Carvalho, ambas em abril.
Na música, além de Rodrigo Brandão com a Sun Ra Arkestra, a programação até 2023 contará com Circuit des Yeux, Caterina Barbieri, Jenny Hval e duas propostas portuguesas: Surma e Mão Morta com Pedro Sousa.
Nas artes visuais, destaca-se a primeira exposição em Portugal do artista alemão Peter Wachtler ou o acolhimento de programação da Trienal de Arquitetura de Lisboa.
A Culturgest voltará a acolher o festival DocLisboa, em outubro, e várias conferências e debates. Nesta vertente, um dos focos, em novembro e dezembro, será “o ângulo da História e do conceito de Império”, seja “o Império colonial português”, seja o panorama americano, soviético ou a China.
Toda a temporada estará disponível em www.culturgest.pt.
Os bilhetes para todos os espetáculos entre setembro e janeiro de 2023 estarão disponíveis a partir de hoje.
Os bilhetes para os espetáculos a partir de fevereiro de 2023 só estarão à venda em dezembro.
Comentários