O romance, oitavo título em Portugal da vencedora do Nobel de Literatura do ano passado, é editado na coleção Dois Mundos da chancela Livros do Brasil, e tem tradução de Tânia Ganho.

Segundo a editora, trata-se de “um relato cru e pessoalíssimo”, em que a escritora francesa volta a evocar sua mãe.

Se em “Uma Mulher”, editado em novembro passado, a autora “refletia o sofrimento da perda da progenitora, evocando os seus mais importantes marcos biográficos e a memória dos momentos mais doces com ela partilhados”, este novo romance é um “diário [em] que encontramos a estranheza, o choque, a frustração, o medo, a repugnância até, de já não conseguir rever naquele ser o outro que outrora fora."

Luísa Sobral vem ao É Desta Que Leio Isto. Quer ler "Apenas Miúdos", de Patti Smith? Junte-se à conversa

Luísa Sobral junta-se ao É Desta Que Leio Isto no próximo encontro, marcado para dia 14 de setembro, pelas 21h.

Habituada a recomendar leituras nas suas redes sociais, traz um livro para o clube É Desta Que Leio Isto — e não deixa a música de fora: "Apenas Miúdos", de Patti Smith.

"Apenas Miúdos", de Patti Smith

Este é o primeiro livro de Patti Smith em prosa. É um livro de memórias — que começa no Verão em que Coltrane morreu, do Verão do amor livre e de todos os motins, do Verão em que conheceu a figura central deste livro — o lendário fotógrafo americano Robert Mapplethorpe. Mas é também um retrato de época — dos dias do Chelsea Hotel e de Nova Iorque no fim dos anos 1960 — e uma comovente história de juventude e amizade.

Just Kids é uma fábula em que encontramos poesia, rock’n’roll, sexo e arte que começa numa história de amor e acaba numa elegia.

Sobre Luísa Sobral:

Luísa Sobral é considerada uma das cantoras-compositoras mais importantes da nova geração de músicos portugueses. Estreou-se em 2011 com ‘The Cherry on My Cake’. Seguem-se ‘There’s A Flower In My Bedroom’ (2013), com convidados como Jamie Cullum, António Zambujo e Mário Laginha, ‘Lu-Pu-I-Pi-Sa-Pa’ (2014), destinado ao público infantil, e ‘Luísa’ (2016), gravado em Los Angeles. ‘Rosa’, o quinto álbum de originais, chegou em 2018.

"A sua faceta de compositora vai-se destacando ao longo dos anos, chegando a compor para artistas como Ana Moura, António Zambujo, Gisela João, Sara Correia, Mayra Andrade, entre muitos outros. Em 2017, assina ‘Amar Pelos Dois’, que entrega ao irmão, Salvador Sobral, para interpretar. A parceria fraterna revela-se um estrondoso sucesso: Portugal conquista a sua primeira vitória de sempre na Eurovisão", pode ler-se na sua biografia.

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Annie Ernaux “antevê na mãe – agora reduzida a criança, mas que nunca crescerá – a sua própria velhice, a ameaça da degradação do seu corpo".

“Entre a minha vida e a minha morte, só me resta ela, demente”, escreve a autora.

Este ano, da autora francesa foram publicados em Portugal “Memória de Rapariga”, em março, no qual a escritora regressa ao verão de 1958 e à colónia de férias onde, pela primeira vez, passou a noite com um homem, e “Jovem”, saído em janeiro.

Anteriormente, nesta coleção tinham sido publicados “'Um lugar ao sol' seguido de 'Uma mulher'”, “Uma paixão simples”, “O acontecimento” e “Os anos”.

Nascida em Lillebonne, na Normandia, em 1940, Annie Ernaux estudou nas universidades de Ruão e de Bordéus, sendo licenciada em Letras Modernas.

Atualmente, é considerada uma das vozes mais importantes da literatura francesa, destacando-se por uma escrita onde se fundem a autobiografia e a sociologia, a memória e a história dos eventos recentes.

Galardoada com o Prémio de Língua Francesa (2008), o Prémio Marguerite Yourcenar (2017), o Prémio Formentor de las Letras (2019) e o Prémio Prince Pierre do Mónaco (2021) pelo conjunto da sua obra, destacam-se os seus livros “Um lugar ao sol” (1984), vencedor do Prémio Renaudot, e “Os anos” (2008), vencedor do Prémio Marguerite Duras e finalista do Prémio Man Booker Internacional.