A Festa do Jazz, “ao fim destes 14 anos, na 15.ª edição, tem como sempre teve o melhor do Jazz em Portugal”, afirmou o diretor artístico da iniciativa, Carlos Martins, em declarações à agência Lusa.
De acordo com programador, a Festa do Jazz “é a melhor maneira de saber o que se passa e de ver uma comunidade viva, que tem uma produção cultural, humana, e uma capacidade de se reinventar incrível, talvez inédita em Portugal”.
A programação arranca na sexta-feira, pelas 21h30, na Sala Luís Miguel Cintra, com o ‘showcase’ de Escolas Superiores (Universidade de Évora, Escola Superior de Música de Lisboa, Universidade Lusíada de Lisboa e Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo) e prossegue, às 24h00, na mesma sala, com o espetáculo da Big Band de Escolas Superiores e, à 01h00, no Jardim de Inverno, com uma Jam Session.
Carlos Martins recorda que o Jazz em Portugal “está a crescer exponencialmente de há uns anos para cá”, e que esse crescimento “deve-se a um trabalho fantástico, no domínio da Educação e na área educativa, de professores e músicos pedagogos que têm feito um trabalho notável e que desenvolvem um trabalho que assenta na perceção dos vários estilos de improvisação”.
Quanto a novidades em relação à edição do ano passado, Carlos Martins diz haver “cerca de 20 ou 30″, isto porque, “todos os anos, a maior parte dos músicos que vão à festa editaram disco novo”.
“São 15 ou 20 grupos que editam música nova e que vão tocar música nova. E isso, só por si, é a grande novidade do festival”, referiu.
Da programação fazem parte, entre outros, concertos da cantora Joana Machado (no dia 08), que editou em outubro “Lifestories”, do guitarrista Bruno Pernadas (no dia 08), que editou em setembro “Worst Summer Ever”, do pianista Luís Barrigas (no dia 09), que editou em abril “Songs with and without words”, e do percussionista José Salgueiro (no dia 08), que vai editar em abril “Transporte Coletivo”.
Além dos vários concertos, que se dividem entre a Sala Luís Miguel Cintra, a Sala Mário Viegas e o Jardim de Inverno, há ainda atividades paralelas.
No sábado, pelas 17h00, decorre a iniciativa “Investigadores em Residência”, com a participação de Haftor Medbøe (Edinburgh Napier University), Pedro Cravinho (INET – md, Universidade de Aveiro) e José Dias (Universidade Metropolitana de Manchester).
Também no sábado, mas às 18h30, é apresentado o disco do Prémio de Composição Bernardo Sassetti, cujo vencedor da edição deste ano foi o baterista Pedro Melo Alves.
O prémio é uma iniciativa do programa Portugal Jazz – Associação Sons da Lusofonia, apoiado pelo Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes, em parceria com a Casa Bernardo Sassetti e a Antena 2, e foi criado para incentivar a criação musical de jovens músicos na área do jazz, e para homenagear Bernardo Sassetti, falecido em 2012.
O Pedro Melo Alves Omniae Ensemble, que, além do baterista, inclui José Diogo Martins (piano), Gileno Santana (trompete), José Soares (saxofone), Xavi Sousa (trombone), Mané Fernandes (guitarra) e Filipe Louro (contrabaixo), atua no dia 08 de abril, às 19:30, na Sala Luís Miguel Cintra.
Além de mostrar “o melhor do Jazz em Portugal”, esta Festa permite que “os pares se ouçam uns aos outros, pelo menos uma vez por ano, e toda a gente saiba o que está a acontecer ano após ano, no jazz em Portugal”.
A Festa do Jazz é uma coprodução da Associação Sons da Lusofonia e do Teatro Municipal São Luiz.
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