“São, pelo menos, 4.500 queijos a concurso, o recorde são 4.560 e nós queremos muito bater esse recorde e, por isso, apelo à participação dos produtores e são 250 júris internacionais”, anunciou o responsável pela organização do WCA, Bruno Costa.

Segundo o responsável, os júris são “um ponto importante, porque são compradores mundiais, são comerciantes de queijo, são responsáveis de grandes cadeias de distribuição alimentar no mundo”.

“É fundamental que os nossos queijos possam ser avaliados por este júri como porta de saída para futuras exportações”, destacou Bruno Costa que disse que, este ano, há 35 jurados portugueses, “a maior delegação de sempre”.

Outro desejo que deixou foi o de ter, “pelo menos, 100 produtores a concurso”, já que “nunca aconteceu chegar a esse número num WCA e seria muito bom colocar mais de 100 no centro de 4.500 queijos que são os melhores dos melhores”.

As inscrições para participar no evento decorrem entre 13 de junho e 16 de setembro e são feitas online, através da página do evento a nível mundial, que nasceu no Reino Unido.

Para o evento estão já confirmados 150 jornalistas de 60 países como Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América ou Brasil, “de quatro continentes, o que é uma ótima oportunidade de mostrar ao mundo a região Centro e o queijo”.

O concurso está agendado para o dia 15 de novembro, embora os jornalistas marquem presença em Viseu a partir do dia 11, e nos dias 16 e 17 o Pavilhão Multiúsos em Viseu abre as portas à comunidade para “partilhar o que de melhor se faz no mundo” no setor do queijo.

“Este evento é para produção 100% artesanal. Não aceitaremos produtos feitos em fábrica e não interessa se é ou não de região denominada. É artesanal pode participar”, sublinhou Carlos Costa.

Das 100 mesas que estarão no evento, com cerca de 45 queijos cada, “serão eleitos os melhores 100, um de cada mesa, de onde serão extraídos os 16 ‘super gold’ e de onde vai sair o melhor queijo do mundo”.

Além do queijo, anunciou, marcará também presença o vinho, os enchidos e a doçaria, setores que Carlos Costa apela para que “haja uma grande participação”, porque o evento é também uma “oportunidade de divulgar” esse produto artesanal.

Os World Cheese Awards (prémios mundiais do queijo, numa tradução livre), que são conhecidos como “os Óscares” do queijo, é “o maior evento do mundo do setor e Portugal, e Viseu, não o podia desperdiçar”, sublinhou Carlos Sousa.

Hoje, em Viseu, foi assinado um protocolo entre a empresa organizadora (Urban Natur) e o Turismo Centro Portugal, a agência regional de promoção de turismo do Centro, a Inovcluster e quatro Comunidades Intermunicipais (CIM) da região Centro.

Marcaram presença as CIM Viseu Dão Lafões, da Região de Coimbra, da Beira Baixa e das Beiras e Serra da Estrela, com todos os responsáveis a destacarem a importância do concurso, “não só pela promoção do queijo, como também pela promoção do território”.

O anfitrião, Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu e da CIM Viseu Dão Lafões, disse aos jornalistas que o evento tem um investimento de “cerca de 600 mil euros” repartido entre as várias entidades, mas que “acaba por ser um pequeno investimento de cada uma tendo em conta a mais-valia” que terá.