Dez marcas portuguesas vão estar presentes na feira de ourivesaria e bijuteria Bijorhca, apoiadas pela Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), que é “presença habitual nas edições de janeiro e setembro há cinco, seis anos”, disse Fátima Santos, secretária-geral da AORP, à Lusa.
“Temos dois criadores nacionais que viram as suas peças selecionadas para serem a imagem do cartaz. Há uma piscina, umas cadeiras ao sol e três anéis em exposição são de empresas portuguesas. Isso deixa-nos cheios de orgulho e é um destaque grande desta edição”, afirmou Fátima Santos.
As peças escolhidas, com “linhas altamente inovadoras, muito contemporâneas e muito ousadas”, são da autoria de Bruno da Rocha, um artista “muito escultórico, apesar de as peças serem muito usáveis”, e Ana João, que “brinca com um metal nobre [a prata] e a cerâmica, algo inovador e pouco visto na ourivesaria”.
Fátima Santos acrescentou, ainda, que na zona onde a feira apresenta as novas tendências há “invariavelmente empresas portuguesas” e este ano “todas” estão lá representadas, o que constitui “um cartão-de-visita muito grande”.
“Em termos de mercado, os franceses reagem muito bem à ourivesaria portuguesa. Somos cotados como peças muito bem acabadas, de muita qualidade e com um grau de inovação bastante interessante”, acrescentou a responsável, precisando que a associação vai voltar a promover a plataforma ‘Portuguese Jewellery Newborn’, com quatro representantes da nova joalharia portuguesa, e apoiar outras seis marcas nacionais que querem “reforçar a sua presença nos mercados externos”.
Paralelamente à feira Bijorhca, o parque de exposições da Porte de Versailles vai receber o salão de moda Who’s Next, de 20 a 23 de janeiro, no qual vão participar mais de uma dezena de marcas portuguesas de pronto-a-vestir, acessórios e calçado, incluindo Luís Buchinho e Ana Sousa.
A Associação Selectiva Moda, “o braço armado da internacionalização” da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), vai apoiar cinco empresas portuguesas na Who’s Next, afirmou Paulo Vaz, diretor-geral da ATP, à Lusa.
“As expectativas são naturalmente positivas. Os últimos anos têm dado indicação de o mercado francês estar a recuperar – não tem apresentado números de crescimento espetacular, mas mesmo assim são valores claramente positivos e sustentados. França é o segundo maior mercado que o setor tem, muitas vezes taco a taco com a Alemanha, sendo um dos destinos das nossas exportações”, indicou o responsável.
França é o segundo mercado para as exportações portuguesas do setor têxtil, a seguir a Espanha, com uma “quota que não chega aos 15 % mas que, mesmo assim, se aproxima muito dos 700 milhões de euros de compras”, continuou Paulo Vaz, acrescentando que as exportações globais podem ultrapassar, este ano, “a barreira mítica dos cinco mil milhões de euros que só tinha sido alcançada no início do milénio, em 2001″.
A Associação Selectiva Moda vai, ainda, apoiar a presença de quatro empresas portuguesas no Salão Internacional da Lingerie, que vai decorrer de 21 a 23 de janeiro também na Porte de Versailles, em Paris, e dez marcas lusas na feira Maison & Objet, que se realiza de 20 a 24 de janeiro no parque de exposições de Paris-Nord Villepinte.
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