A obra foi a vencedora por unanimidade do galardão, no valor de 12.500 euros, atribuído pela primeira vez, tendo a cerimónia lugar, a partir das 18:30, no Museu Nogueira da Silva, na capital minhota.
“Um júri, coordenado por José Manuel Mendes, constituído por António Mega Ferreira, Guilherme d’Oliveira Martins e Helena Vasconcelos, atribuiu [o prémio], por unanimidade, ao livro ‘Extremo Ocidental – Uma Viagem de Moto pela Costa Portuguesa, de Caminha a Monte Gordo’, de Paulo Moura”, anunciou em março a Associação Portuguesa de Escritores (APE), que instituiu o galardão, com o patrocínio da câmara de Braga.
Justificando o prémio, em ata, o júri escreveu: “'Extremo Ocidental', de Paulo Moura, resulta, pelas suas características singulares – a viagem como redescoberta do próprio país – e pela sobriedade encantatória da sua escrita”, cita a APE.
Segundo a Elsinore, editora que publicou a obra, esta “é uma coleção de achados de viagem”. “Formas de vida, sombras do passado, pequenas utopias redentoras”, que “pode ser lido como um guia das praias e dos caminhos, um diário de aventura, ou um ensaio sobre a identidade portuguesa”.
O livro, esclarece a editora, “é uma jornada de repórter”, numa “narrativa que inclui as estradas, as paisagens, as praias, as cidades, mas também as pessoas, as histórias”.
“Um casino numa aldeia, uma capela que desapareceu misteriosamente, a última noite de uma discoteca de praia, um parque de campismo proibido a campistas, uma comunidade de amor livre, um homem que vive sozinho numa ilha, um pescador que comunica com os peixes” são algumas das histórias contadas por Paulo Moura.
Paulo Moura é professor de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, e autor de nove livros, entre os quais a “Biografia de Otelo Saraiva de Carvalho” e “Passaporte para o Céu”.
O autor nasceu no Porto, em 1959 e, durante 23 anos, foi jornalista no diário Público.
Comentários