O lançamento do "Patagónia - A Ponta do Mundo" será no auditório de Gondomar, distrito do Porto, pelas 21:30, e na mesma ocasião Paulo Ferreira vai estrear o documentário que serve de base a este livro.
"O objetivo deste lançamento e do projeto é que as pessoas olhem para a natureza e a protejam. Na minha aventura [referindo-se à viagem que serve de base às imagens] vi locais de rara beleza. E esses locais são cada vez mais reduzidos no mundo inteiro", disse à agência Lusa.
O produtor explicou que este não é um documentário ‘standard', mas sim "um vídeo motivacional" que "apela às pessoas para que olhem para a natureza e tomem consciência dos efeitos da poluição e das alterações climáticas".
Paulo Ferreira é técnico de informática e fotógrafo, mas os seus tempos livres são dedicados quase por inteiro à exploração do ‘timelapse', uma técnica que consiste em sequências de fotografia reproduzidas em vídeo com o tempo a apresentar-se de forma muito rápida.
O "Patagónia - A Ponta do Mundo" nasce depois de este fotógrafo e técnico de informática ter realizado uma campanha de ‘crowdfunding’ (apelo ao financiamento coletivo de projetos através de uma plataforma ‘online'), na qual pediu cerca de metade do valor que necessitava para realizar o projeto - 3.500 euros - sendo que o restante foi um investimento pessoal, mas um "azar" em poucos dias fê-lo disparar o orçamento, conforme contou à Lusa.
"A água de um glaciar engoliu-me uma câmara de perto de 4.000 euros. Pensei mergulhar e recuperá-la, pensei desistir, mas afinal consegui e agora posso mostrar estas maravilhas ao mundo com a expectativa de que percebam e respeitem este trabalho, esta visão e a mensagem", disse.
Paulo Ferreira realizou nos últimos dez anos os vídeos focados no Parque de Natureza de Noudar, Parque Natural do Alvão, Parque Nacional da Peneda-Gerês, rio Douro Internacional, Marvão, Gondomar e Porto.
Trata-se de um produtor premiado frequentemente em concursos nacionais e internacionais, como foi o caso do vídeo "Nordlys - the northern lights" dedicado às auroras boreais distinguido, em 2016, com dezenas de prémios internacionais e um "Óscar" no International Independent Documentary que se realiza em Los Angeles, EUA, nas categorias de melhor documentário e melhor fotógrafo na técnica de ‘timelapse'.
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