"No final, chegámos, por unanimidade, a dois poemários que o merecem. 'Emoções Fora da Lei', da portuguesa Maria João Pessoa e 'Poemas de Almanaque para Entreter' do mexicano Geerardo Rodriguez. Ambos [poemários] são notáveis. O resultado é mais do que feliz para a cidade de Castelo Branco, para António Salvado e para os mombros do júri", afirmou o presidente do júri Alfredo Alencart.
A primeira edição do Prémio Internacional de Poesia António Salvado - Cidade de Castelo Branco foi lançada em 24 de maio de 2018, pela Câmara de Castelo Branco e a junta de freguesia local e foi criado em homenagem ao poeta albicastrense, com mais de 70 títulos publicados.
Hoje, no salão Nobre dos Paços do Concelho, foram dados a conhecer os dois vencedores e os respetivos poemários.
O presidente do júri, o poeta, ensaísta e professor da Universidade de Salamanca Alfredo Alencart, realçou o sucesso desta primeira edição que teve a concurso mais de 500 poemários de todo o mundo escritos em língua portuguesa e em língua espanhola, uma das condições obrigatórias do regulamento.
"Tivémos 500 poemários pela primeira vez. Isto indica a dimensão que irá tomar nas próximas edições", realçou.
A título de comparação, Alfredo Alencart explicou que o Prémio Salamanca, que já tem 21 edições e um prémio monetário de oito mil euros, "aparecem a concruso 150".
"Demos duas criaturas muito bonitas ao mundo da poesia", concluiu.
Já o poeta António Salvado, visivelmente "emocionado e perturbado", como fez questão de realçar, deixou uma questão: "O que é que eu posso dizer? Contente? Evidentemente que sim!".
Depois de agradecer aos mentores do prémio internacional e ao júri, António Salvado deixou a promessa de, ainda esta noite, começar a tradução do poemário de Gerardo Rodriguez, para a língua portuguesa.
"Vou traduzir o livro desse mexicano que não conheço e que ganhou um prémio em meu nome", concluiu.
O presidente da junta de freguesia de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, realçou a participação alcançada na primeira edição do prémio, "com pessoas de todo o Mundo e de todos os Continentes".
"Quando lançámos o prémio não imaginávamos ter o sucesso que o prémio já é", disse.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, sublinhou que esta iniciativa está em linha com a política cultural que o município tem desenvolvido.
"A poesia representa muito para Castelo Branco e tem uma presença muito forte. Temos um património muito grande relativamente à poesia. Esse património é ocupado e muito por António Salvado", disse.
O autarca sublinhou que o prémio permitiu também reforçar a relação de amizade e estreitar laços com Salamanca.
"Também aqui ficámos a ganhar. Sendo um prémio internacional, este também permitiu levar o nome de Castelo Branco pelo mundo fora", concluiu.
Esta iniciativa teve como objetivo premiar obras poéticas inéditas e incentivar o aparecimento de novos autores e o regulamento ditava que seriam premiados dois originais, um em língua portuguesa e outro em língua espanhola.
Aos vencedores vai ser atribuído o prémio monetário de 2.500 euros e serão oferecidos 30 exemplares da edição bilingue das respetivas obras e uma placa comemorativa do prémio.
O júri foi constituído por 11 elementos de reconhecido mérito, sendo presidido pelo poeta, ensaísta e professor da Universidade de Salamanca Alfredo Alencart.
Fernando Paulouro das Neves, Rita Duarte, Victor Mateus, Paulo Samuel, José Pires, Manuel Nunes, Maria Barata, António Pereira, António Franco e Enrique Móran completaram o júri.
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