Contactado pela agência Lusa a propósito da atribuição do prémio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) para o filme “A Fábrica de Nada”, estreado na Quinzena de Realizadores, no Festival de Cinema de Cannes, o secretário de Estado felicitou o realizador português.

“Felicito muitíssimo o Pedro Pinho por mais esta distinção no Festival de Cinema de Cannes. É a prova de mais um grande sucesso do cinema português, que tem recolhido este ano várias distinções. 2016 e 2017 têm sido anos de grande sucesso para o cinema português”, sublinhou Miguel Honrado, que se encontra em Cannes para acompanhar o festival.

Questionado pela agência Lusa relativamente à polémica sobre a nomeação de júris – um dos pontos de alteração da regulamentação da lei do setor – Miguel Honrado disse que “neste momento estão reunidas todas as condições para avançar, e tentar um consenso no setor, trabalhando no sentido de fechar tudo o que há a fechar nesta matéria”.

“Sempre estivemos apostados em resolver esta situação e em tentar que o cinema português tenha todas as condições para que possa continuar a ter estes sucessos internacionais que são a prova de que o setor continua a fazer um bom trabalho em termos da internacionalização desta linguagem tão importante da arte em Portugal”, disse ainda o governante.

Em causa estão críticas à nomeação de júris dos concursos e sobre a ação da Secção Especializada do Cinema e Audiovisual (SECA), do Conselho Nacional de Cultura.

Numa nota de imprensa hoje divulgada, também o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, felicitou o realizador português Pedro Pinho pelo prémio FIPRESCI.

“Este prémio internacional é uma excelente contribuição para o prestígio do cinema português além-fronteiras e, em paralelo, é um marco importante na promoção e divulgação da língua e da cultura portuguesas”, considera o ministro, no texto.

“A Fábrica de Nada” teve a primeira exibição na Quinzena dos Realizadores, secção paralela do Festival de Cannes, na quinta-feira, e o anúncio foi feito hoje, pelo júri, presidido pela crítica Alissa Simon, da Variety norte-americana.

O filme, interpretado por atores e não atores, segue a vida de um grupo de operários que tentam segurar os postos de trabalho, através de uma solução de autogestão coletiva, e evitar, assim, o encerramento de uma fábrica.

O Júri FIPRESCI de Cannes atribui três prémios: dois na Selecção Oficial – um para a Competição e outro para Un Certain Regard – e um terceiro para a Semana da Crítica ou para a Quinzena dos Realizadores.

Pedro Pinho venceu o Prémio da Quinzena dos Realizadores.

Os prémios da competição oficial do Festival de Cannes serão conhecidos no domingo, no encerramento do festival.

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