De acordo com um comunicado do Institut français du Portugal (IFP), um dos promotores, esta iniciativa em Portugal conta com a parceria da Agence Universitaire de la Francophonie e a Alliance française de Coimbra.

Neste âmbito, oito universidades portuguesas (Lisboa, Nova de Lisboa, Porto, Coimbra, Minho, Algarve, Aveiro e Madeira) embarcam na aventura do primeiro Choix Goncourt du Portugal, um projeto que já se estendeu a 35 outros países.

Em estreita colaboração com os seus professores, os estudantes irão ler e analisar os livros dos quatro finalistas de 2022 da seleção Goncourt: “Vivre vite”, de Brigitte Giraud, “Le Mage du Kremlin”, de Giuliano da Empoli, “Les Presque Soeurs”, de Cloé Korman, e “Une somme humaine”, de Makenzy Orcel.

No dia 03 de maio, terá lugar uma reunião no Palácio de Santos, conduzida pelo Institut français du Portugal, na qual será designado o livro escolhido por Portugal, de entre aqueles finalistas, ou seja, o “Choix Goncourt du Portugal” 2023.

Para esta primeira edição, o membro da Academia Goncourt Tahar Ben Jelloun patrocinará o lançamento, ao lado da escritora Leïla Slimani, vencedora do Prémio Goncourt de 2016.

Ambos conduzirão as discussões e a sessão de deliberação com os estudantes e passarão posteriormente à atribuição do prémio.

De acordo com o IFP, a ideia de designar um Goncourt, fora do Goncourt mas com as mesmas regras, nasceu na Polónia em 1998 no Institut français de Cracóvia.

Com o acordo da Academia Goncourt, um júri composto por estudantes francófonos escolheu os livros para a primeira seleção do Prémio Goncourt.

O vencedor da edição do ano passado do Prémio Goncourt foi a escritora francesa Brigitte Giraud, com o romance "Vivre vite", que reconta a improvável cadeia de acontecimentos que levaram à morte do seu marido.

"Vivre vite", publicado pela Flammarion, é a história de uma investigação que tentar desvendar os meandros do acidente de carro fatal sofrido pelo seu marido, vinte anos antes.

Brigitte Giraud foi a primeira escritora a receber o prémio desde "Canção doce", de Leila Slimani, em 2016, e a 13.ª mulher distinguida desde a criação do Goncourt, há 120 anos.

A obra vencedora não tem edição portuguesa, mas a sua autora já está publicada em Portugal, com um romance de 2010, da Livros de Seda, que foi finalista do Prémio Femina, intitulado “Um ano estrangeiro”.

Para trás ficaram os outros três finalistas: o escritor italo-suíço Giuliano da Empoli e o seu romance “Le Mage do Kremlin” (publicado em Portugal pela Gradiva com o título “O mago do Kremlin”), a francesa Cloé Korman, com o romance “Les Presque Soeurs”, e o escritor haitiano Makenzy Orcel, com o romance intitulado “Une somme humaine”.