“Não é uma certeza absoluta, mas a nossa expectativa é essa”, de criar o museu durante o atual mandato, que começou no dia 18 deste mês e terminará em outubro de 2025, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio.
O autarca socialista lembrou que, em 2017, quando tomou posse para o primeiro mandato, disse que “só equacionaria avançar num segundo mandato com o museu da banda desenhada”, projeto que tinha sido lançado em 2016 pelo anterior executivo comunista.
“É isso que continua nos nossos propósitos”, afirmou, frisando: “Não me posso comprometer, nem seria justo, nem honesto da minha parte, com uma certeza absoluta, mas faremos [atual executivo municipal liderado pelo PS] o que estiver ao nosso alcance para avançar com o projeto”.
Ou seja, executar os projetos de arquitetura e museológico, o que está a ser feito por técnicos do município, a medição orçamental e, “se possível, passar à fase de instalação do museu”, precisou.
Paulo Arsénio disse que o projeto de arquitetura, para adaptar dois edifícios municipais para instalação do equipamento, da autoria do arquiteto Manuel Faião, e a proposta de projeto museológico, da responsabilidade do mentor do museu Paulo Monteiro, estão “praticamente concluídos”.
Assim que aqueles projetos estiverem concluídos, o município passará à fase de medição orçamental, ou seja, apurar os custos de instalação do museu, que inclui a obra de adaptação dos edifícios e compra de equipamentos, explicou.
“Sem querer avançar com uma linha temporal”, o autarca disse esperar que a fase de medição orçamental esteja concluída “o mais rapidamente possível, podem ser alguns meses”, para depois o município poder “ver quais são as possibilidades de avançar com o projeto”, como é seu “desejo fazê-lo”.
O autarca disse que, “em função” do investimento necessário, o município poderá candidatar a criação do museu a financiamento comunitário ou concretizá-la com verbas próprias.
Segundo Paulo Arsénio, o município tem de aguardar pelo novo quadro de apoios comunitários para poder candidatar a criação do museu, porque já não o pode fazer no atual.
No âmbito do Portugal 2020, “a Câmara de Beja já tem os fundos felizmente esgotados, significa que fomos bons a aproveitar os que tínhamos à disposição”, justificou.
Caso não seja possível financiar o museu com fundos comunitários e se o investimento necessário “não for muito elevado”, o município “não excluí a possibilidade de avançar no processo com verbas próprias”, disse.
“Se o valor de instalação do museu não for muito elevado e pudermos fazer várias coisas por administração direta, internamente, com custos mais reduzidos, também assumiremos essa responsabilidade”, admitiu.
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