O administrador do património de Prince anunciou ontem um acordo com a Universal Music, a maior editora mundial, para lançar grande parte do catálogo do ícone da música pop fique morreu em 2016. Com este acordo, a Universal ganhou também os direitos sobre as músicas inéditas que Prince deixou num cofre na sua propriedade em Paisley Park, em Minnesota, onde morreu em abril passado.

A Universal também assumiu o controle de 25 álbuns que Prince lançou com o seu próprio selo, NPG Records, a partir de meados da década de 1990. A Universal tinha dito que ia conseguir os direitos nos Estados Unidos sobre "alguns álbuns famosos de Prince entre 1979 e 1995", a época mais emblemática da estrela, quando encabeçou as listas com "Purple Rain" e outros trabalhos.

"Prince foi um dos grandes talentos musicais de todos os tempos, um génio incomparável como intérprete, artista e compositor", disse num comunicado o CEO do Universal Music Group, Lucian Grainge, sem revelar o valor do acordo.

L. Londell McMillan, que foi advogado do cantor durante muito tempo e que atualmente representa seu património, disse confiar que a Universal - que tinha feito já um acordo em separado pelos direitos sobre as composições de Prince - "apresentará a música de Prince com uma visão holística que celebre sua condição de ícone".

Prince faleceu aos 57 anos devido a uma overdose de analgésicos. Não deixou testamento nem herdeiros, ficando o seu legado numa total confusão.

O administrador do património do cantor também parece ter fechado acordos para levar a sua música aos principais sites de streaming, como o Spotify.Prince era um crítico  severo das editorase, mais tarde, da Internet, e considerava que as corporações submetiam os artistas a uma escravidão virtual.