“Parlamento Elefante” é “uma proposta artística muito consistente e com fulgor criativo, que articula claramente uma pesquisa dramatúrgica com uma reflexão política e histórica”, afirmou o júri desta bolsa criada pelo Teatro Nacional D. Maria II, com o Centro Cultural Vila Flor e o Espaço Tempo, de Montemor-o-Novo.

Com um montante de 18.500 euros, a Bolsa Amélia Rey Colaço destina-se a “contribuir para a inovação do tecido teatral em Portugal”, como explicou o diretor do teatro nacional, Tiago Rodrigues, quando abriram as candidaturas, em março.

A bolsa é direcionada para a produção de espetáculos, e o projeto vencedor terá direito a estrear, em maio de 2019, uma peça de teatro na sala Estúdio do Teatro D. Maria II, apresentando-a, depois, em Guimarães e em Montemor-o-Novo.

Para o júri, os autores do projeto vencedor, embora jovens, revelam “um currículo rico e diverso, tendo também constituído uma equipa de colaboradores artísticos de qualidade para a criação deste espetáculo”.

Nesta primeira edição, foram recebidas 87 candidaturas de companhias e artistas de todo o país.

O júri, que integrou Rui Horta, Rui Torrinha e Tiago Rodrigues, os responsáveis artísticos pelas três instituições promotoras, considera que “a análise destas candidaturas serviu não apenas para selecionar um vencedor da bolsa, mas também para medir o pulso ao teatro emergente português”.

“A chamada emergência não é, de facto, uma questão etária, seja pela falta de recursos no teatro português ou porque simplesmente não há idade para iniciar um percurso como criador”, lê-se na nota do júri.

Está garantida a realização de uma nova edição da bolsa para 2019.