Os projetos decorrem “não só dentro do âmbito religioso”, mas também em espaços caracterizados “por uma variação menos direta do tema do sagrado”, de acordo com o comunicado da fundação MAXXI, e contemplam, entre outros, a Igreja de Santa Maria, em Marco de Canaveses, uma igreja nunca construída em Roma, dedicada ao Rosário, paramentos desenhados para o papa Francisco, o Pavilhão de Portugal e a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

A mostra, com curadoria de Achille Bonito Oliva e Margherita Guccione, abre ao público na Galeria 2bis, do museu, num espaço projetado pelo próprio arquieto Siza Vieira, “composto por grandes paredes inclinadas, em diálogo com as paredes do museu”.

Ao longo destas paredes, serão projetadas sequências fotográficas de Fernando Guerra, José M. Rodrigues, Leonardo Finotti, Luís Ferreira Alves, Nicolò Galeazzi e Mimmo Jodice, que narram os ambientes desenhados por Siza, “nos quais se evidencia o culto religioso, mas também a serenidade do espaço onde a natureza e a paisagem são a origem do sagrado”, adianta a apresentação da mostra.

A inauguração de “Álvaro Siza, Sacro” sucede à homenagem ao arquieto, ocorrida no final de outubro, na capital italiana, promovida pelo MAXXI e a Academia Nacional de São Luca, que envolveu a realização de debates e a abertura de duas outras exposições, “Il Gran Tour. Álvaro Siza in Ialia 1976-2016″ e “La Misura dell’Occidente”.

Estas exposições em Roma recordam a presença de Álvaro Siza em Itália, o modo como marcou o território do país, segundo a fundação MAXXI, e realizam-se numa altura em que o Prémio Pritzker de 1992 está presente na Bienal de Arquitetura de Veneza, com o projeto “Neighbourhood — Where Álvaro meets Aldo”.

Centrado no trabalho de habitação social de Siza Vieira, “Neighbourhood — Where Álvaro meets Aldo”, que também recorda a obra do urbanista italiano Aldo Rossi, tem curadoria do arquiteto Roberto Cremascoli e constitui a representação oficial portuguesa na Bienal de Veneza, inaugurada em maio, que encerra no próximo dia 27.

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