Em termos de receitas, o valor alcançado em agosto foi de cerca de 1,5 milhões de euros, o que representa uma redução de 85% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O filme mais visto no mês de agosto foi "Bem-Vindos a Àfrica", de James Huth, que contou com 50.450 espectadores, seguindo-se "Tenet", de Christopher Nolan, com 43.573, depois "Scooby!", de Tony Cervone, com 35.725 espectadores, "Bora Lá", de Dan Scanlon, com 14.435 espectadores, e, a completar os cinco mais vistos do mês, "O Segredo: Atreve-te a sonhar", de Andy Tennant, com 12.917 espectadores.
No agregado do ano, a receita total verificou uma quebra de 71,7% face aos primeiros oito meses de 2019, para 15,723 milhões de euros, enquanto o número total de espectadores de 2020, até ao final de agosto, é de 2,9 milhões, o que significa uma redução de 72,1% face ao ano anterior.
Em agosto do ano passado, por exemplo, foram às salas de cinema, portuguesas, 1,9 milhões de pessoas.
A covid-19 teve um impacto enorme na indústria cinematográfica, paralisando produções de cinema, levando ao encerramento de salas, ao adiamento de festivais e à reflexão sobre estratégias de exibição cinematográfica envolvendo, sobretudo, as plataformas de ‘streaming’.
As salas portuguesas de cinema, que puderam reabrir em 1 de junho, tiveram cerca de 12.400 espectadores em junho, o que representou 1% da assistência registada em junho de 2019.
Os exibidores contavam com os lançamentos de novos filmes de Hollywood para atraírem os públicos de volta às salas, mas os principais destaques têm sido sucessivamente adiados, quando não cancelados por completo.
Foi o caso de “Mulan”, da Disney, que, depois de vários adiamentos, teve estreia global, na passada quinta-feira, na plataforma de ‘streaming’ Disney+, que só chega a Portugal no dia 15 de setembro, com o filme a ser disponibilizado, no país, em dezembro.
Já “Tenet”, de Christopher Nolan, que tinha sido anunciado como um dos filmes que iriam atrair público aos cinemas, estreou-se em vários mercados internacionais, incluindo Portugal, a 26 de agosto, uma semana antes de chegar aos Estados Unidos.
Em 2019, a exibição comercial de cinema, em Portugal, gerou 83,1 milhões de euros de receita de bilheteira, dos quais 50,9 milhões de euros (61,3%) foram registados nas 219 salas exploradas pela NOS Cinemas.
Desse total de receitas, a exibidora UCI obteve 9,3 milhões de euros, a Cineplace 9,1 milhões de euros, a Cinema City 6,1 milhões de euros e, a Castello Lopes/Socorama, 3,8 milhões de euros.
Segundo a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC), as empresas de exibição de cinema empregam cerca de 2000 trabalhadores.
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