Este recital foi um dos destaques do diretor artístico do ciclo, o maestro e violetista Massimo Mazzeo, que, em entrevista à agência Lusa, realçou as qualidades dos intérpretes e o facto de abordar “o género mais íntimo e evocativo do romantismo”.
O recital, no salão nobre do palácio da Pena, antiga residência de veraneio da família real, intitula-se “Johannes Brahms: 'A bela Magelone'” e, além de Christian Hilz, “um reconhecido especialista em ‘lied’ [canções com acompanhamento de piano]", e Tatiana Korsunskaya, conta com a atriz Lígia Roque.
Johannes Brahms compôs sobre quinze romances de Ludwig Tiecks (“Romanzen aus L. Tiecks Magelone”), entre 1861 e 1869, tendo escolhido “Die schöne Magelone” ("A bela Magelone"), baseado numa história popular, que narra as proezas do cavaleiro andante provençal Pedro e o seu amor pela bela donzela.
“Seguindo uma tradição iniciada pelo próprio Brahms e pelo barítono Julius Stockhausen, a quem a obra foi dedicada, as canções são ligadas pela narração que resume o enredo do romance”, explicou Mazzeo.
No recital de sábado, Lígia Roque vai ler excertos do romance, em tradução portuguesa, entre cada uma das 15 canções que Johannes Brahms (1833-1897) compôs.
O ciclo, iniciado no passado dia 04, contou já com 330 espetadores, tendo os três recitais registado “lotação esgotada”, disse à Lusa fonte da organização.
“Todos os concertos esgotaram, ou seja, existiu 100% de ocupação da sala, que tem capacidade para 100 cadeiras, e tivemos sempre entre 110 a 120 cadeiras”, disse a mesma fonte que aponta que, com o último recital do ciclo, no próximo sábado, se atinjam os 440 espetadores.
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