“O assédio sexual de qualquer tipo é completamente inaceitável. Este é um problema sistémico e alargado que exige ações por parte de toda a indústria”, indicou a organização em comunicado.

O sindicato realizou uma reunião extraordinária em que o conselho de administração, composto por 20 mulheres e 18 homens, votou unanimemente a favor da expulsão de Weinstein, um dos produtores mais poderosos e influentes da indústria cinematográfica dos Estados Unidos.

A decisão não será imediata já que, de acordo com as normas do sindicato, Weinstein pode defender-se antes de o PGA tomar uma decisão final, a 06 de novembro.

O sindicato também aprovou na segunda-feira a criação de um grupo de trabalho para investigar e propor soluções que possam acabar com o assédio sexual em Hollywood.

A decisão do PGA surge dois dias depois de a Academia norte-americana de Cinema e Ciências Cinematográficas, que atribui os Óscares, também ter decidido expulsá-lo.

“Não somente nos distanciamos de alguém que não merece o respeito dos colegas, mas enviamos uma mensagem clara de que acabou o tempo da ignorância deliberada e a cumplicidade vergonhosa relativamente a comportamentos de agressão sexual e assédio no local de trabalho na nossa indústria”, indicou a Academia.

As acusações foram feitas por cerca de trinta mulheres que trabalham na indústria do cinema, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Lea Seydoux, Judith Godrèche, Ashley Judd, e Rosanna Arquette.

Harvey Weinstein, que durante muitos anos dominou Hollywood, recebeu uma chuva de críticas e comentários de repúdio depois de a revista The New Yorker e o jornal The New York Times terem revelado inquéritos ao seu comportamento baseados em dezenas de acusações.