O programa da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) inclui ainda o Concerto para clarinete e orquestra em Lá Maior, de Wolfgang Amadeus Mozart, com Horácio Ferreira, como solista, e a Sinfonia n.º 6 em si menor, “Patética”, de Piotr Ilitch Tchaikovsky.

A obra de Clotilde Rosa, de acordo com o comunicado da OSP, foi composta entre 1999 e 2000, para orquestra sinfónica, e resulta de uma encomenda da Secretaria de Estado da Cultura.

“‘Paisagem Interior’ surge de uma espécie de percurso ao longo da vida da compositora, um espelho refletor da sua vida, das suas vivências culturais e dos seus afetos”, afirma em comunicado a OSP, referindo que é uma obra “marcada por pontos contrastantes”.

“São manifestações mais densas, ritmicamente, ou instrumentos que se juntam, simbolizando vivências mais violentas da sua inspiração, que contrastam com passagens mais etéreas”.

O Concerto para Clarinete é “um dos símbolos da mais afortunada criação musical de Mozart, e constitui um legado para a humanidade”, atesta a OSP.

“Compositor muito à frente no seu tempo”, Mozart vivia, quando a compôs, um período “de solidão e sentimento de fracasso, não só pela incompreensão do público”, como por um “desespero crescente, em parte devido à sua miséria económica, e em parte devido à sua solidão psíquica, sentindo o abandono da sua esposa Constanze, de alunos da classe nobre, de amigos e de toda a sociedade vienense”.

O solista desta obra é Horácio Ferreira, vencedor do Prémio Jovem Músico do ano 2014, o primeiro clarinetista a vencer o nível médio e superior deste galardão, que foi também distinguido no Concours Debussy, em Paris, no Prague Spring Competition, na capital checa e no Concurso Internacional de Clarinete J. Pakalnis, em Vilnius.

O concerto encerra com a sinfonia “Pathétique”, como Tchaikovsky a designou, por sugestão do seu irmão Modest, pois “em russo, o termo tem um significado próximo de apaixonado, cheio de emoção e sofrimento, também bastante relacionado com a significação do ‘pathos’ grego”.

Alan Buribayev é maestro principal da Astana Opera House e maestro convidado principal da Japan Century Symphony Orchestra, de Osaka.

Venceu, em 1999, o concurso de direção de orquestra Lovro von Matacic, em Zagreb, e, em 2001, foi um dos finalistas da Malko Conducting Competition, em Copenhaga, tendo recebido o Prémio Especial como reconhecimento pelo “seu extraordinário talento”, e ganhado nesse ano o concurso Antonio Pedrotti, em Itália.

O maestro cazaque dirigiu, entre outras, as Sinfónicas NHK, do Japão, a de Barcelona, de Espanha, e a de Basileia, na Suíça, a Royal Philharmonic, de Londres. Foi maestro principal da Norrköping Symphony Orchestra, da Suécia, entre 2006 e 2011, da Brabants Orchestra, da Holanda, de 2007 a 2012, e da irlandesa RTE Orchestra, entre 2010 e 2016.

Na segunda-feira, às 11:00, na mesma sala, a OSP toca 6.ª Sinfonia num concerto exclusivo para escolas, comentado pelo contrabaixista Pedro Wallenstein.

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