Depois de um janeiro em que recebeu o arranque da “Odisseia Nacional” do Teatro Nacional D. Maria II, com “Casa Portuguesa”, de Pedro Penim, e que ainda vai contar com o regresso ao Porto dos Artistas Unidos, a apresentar “Vida de Artistas”, a última encenação de Jorge Silva Melo, o TNSJ vai acolher a mostra de espetáculos internacionais Finisterra, a partir de dias 27 e 28 com “Iphigénie”, de Tiago Rodrigues (que regressa em julho).
Até 25 de fevereiro, o TNSJ e o Teatro Carlos Alberto vão acolher “Decalogue of Anxiety”, de Margarita Mladenova e Ivan Dobchev, a homenagem a Samuel Beckett, “Prometheus ’22”, de Gábor Tompa, que assim volta ao Porto, “Focs/Vatre”, de Carme Portaceli, e “Iokasté”, de Lukás Brutovský.
Em março, entre 07 e 11, o Teatro Carlos Alberto — uma de três salas geridas pelo TNSJ — recebe a estreia de “Uma Ideia de Justiça”, de Isabel Minhós Martins, com encenação de Joana Providência, um espetáculo que quer responder às perguntas “O que é a justiça? E a injustiça?”.
Entre 16 de março e 02 de abril, Nuno Cardoso estreia “As Bruxas de Salém”, de Arthur Miller, através da qual o diretor artístico do TNSJ “prossegue a inquirição dos alicerces da vida em comunidade, num outro ensaio sobre a cegueira do homem social”, como se lê na sinopse da peça.
O anterior diretor artístico do TNSJ, Nuno Carinhas, regressa ao palco do Carlos Alberto entre 13 e 23 de abril com “A Última Gravação de Krapp”, de Samuel Beckett, que considera “provavelmente a peça mais nostálgica, melancólica e lírica de Samuel Beckett”, e para a qual assinou não só a encenação, mas também a cenografia e o figurino.
O antecessor de Carinhas no cargo da direção artística do TNSJ, Ricardo Pais, faz também um novo regresso ao palco da sala da Praça da Batalha com “Longa Jornada para a Noite”, de Eugene O’Neill, numa tradução de Luísa Costa Gomes, entre 20 de abril e 07 de maio.
“Ainda que os associemos tão fortemente à identidade do São João, o seu temperamento artístico é assaz diverso: Ricardo Pais está para a geometria como Nuno Carinhas para o desenho a carvão. O primeiro faz uso do compasso e do transferidor; o segundo, do lápis e do grafite. Como encenador, Nuno Carinhas está do lado da sensualidade; Ricardo Pais, da transgressão”, escreveu o presidente do conselho de administração do TNSJ, Pedro Sobrado, no caderno de programação.
Maio no TNSJ vê ainda a presença do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica naquele espaço, seguindo-se um junho com “Vânia”, de Luís Mestre, “Uma Outra Bela Adormecida”, de Beatriz Brás, e “José, O Pai”, de Elmano Sancho, bem como “Teoria das Três Idades”, de Sara Barros Leitão, nos 70 anos do Teatro Experimental do Porto.
Nesse mês, o TNSJ recebe “Suécia”, a estreia de Pedro Mexia enquanto dramaturgo, numa encenação de Nuno Cardoso, que fica em cena de 08 a 25 de junho.
“A peça transporta-nos para o rescaldo das eleições de setembro de 1976, que ditaram o fim de meio século ininterrupto de governação do Partido Social-Democrata. As eleições coincidem com o casamento de Monika, filha de Egerman, um intelectual sexagenário e amargo, ‘retirado do mundo’, que não esconde o seu contentamento com o fim desse consulado”, indica a sinopse.
A programação completa, que inclui vários outros espetáculos e atividades do centro educativo, pode ser consultada ‘online’.
Comentários