Este mamífero é da espécie musaranho-elefante que pertence à família Macroscelidida. É um bicho diurno, acasala para a vida, consegue correr até aos 30km/h e suga formigas com o seu nariz em forma de tronco. Todavia, de acordo com o The Guardian, os investigadores não tinham registos sobre o seu paradeiro desde 1968.

No entanto, isso mudou em 2019, quando os cientistas começaram a procurar novamente o animal. Porém, não na Somália, de onde tinham vindo os únicos relatórios de que há registo sobre a espécie, mas sim no vizinho Jibuti. E foram os habitantes locais a conseguir identificar a criatura a partir de fotografias antigas.

A equipa que redescobriu o mamífero aproveitou o conhecimento geográfico dos locais e o facto deste tipo de musaranho precisar de abrigo para se proteger das aves de rapina e colocou armadilhas, besuntando os possíveis locais de abrigo com uma mistura de manteiga de amendoim, papas de aveia e fermento.

A experiência, sabe-se agora, foi um sucesso pois apanharam um espécime logo na primeira armadilha, num local montanhoso, rochoso e seco. O animal foi identificando pelo tufo de pêlo na sua cauda — que o distingue das outras espécies de musaranhos.

"Foi incrível", disse Steven Heritage, investigador da Universidade Duke nos EUA. "Quando abrimos a primeira armadilha e vimos o pequeno tufo de pêlo na ponta da sua cauda, apenas olhámos um para o outro [outro membro da equipa presente] e não pudemos acreditar", rematou.

Segundo escreve o britânico The Guardian, a equipa ficou feliz por testemunhar que não parece existir qualquer ameaça iminente ao seu habitat natural — o local onde foi colocada a armadilha não é indicado para a atividades do ser humano como a agricultura, sugerindo que é provável que o futuro do animal não seja colocado em causa.

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