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Criada por Sam Levinson ("Euphoria") juntamente com Abel "The Weeknd" Tesfaye (que é também protagonista e produtor) e Reza Fahim, “The Idol” segue os bastidores da vida de uma estrela pop (Lily-Rose Depp) e retrata o lado obscuro da indústria da música e do entretenimento enquanto promete contar "a história de amor mais sórdida de toda a Hollywood".
Mais especificamente, acompanha o dia-a-dia de Jocelyn (Lily-Rose Depp), uma superestrela estilo Britney Spears, que está determinada a recuperar o status de maior e mais sexy estrela pop dos Estados Unidos depois de sofrer um colapso nervoso após a morte da mãe durante a última tour. No entanto, é nesta fase de recuperação de identidade e emocionalmente frágil que vai reencontrar a paixão pela música ao conhecer Tedros (Abel "The Weeknd" Tesfaye), um empresário e dono de várias discotecas.
Sobre as polémicas, diga-se que começaram a estalar antes de os dois primeiros episódios serem exibidos em estreia mundial no Festival de Cannes (este ano o destaque na Côte d'Azur não foi um filme, foi mesmo “The Idol”) e podem ser resumidas em três momentos:
- A primeira “red flag”. Em 2022, a realizadora Amy Seimetz deixou a produção, com cerca de 80% da série já pronta. Porquê? Porque o co-criador e produtor Abel Tesfaye sentiu que a série estava com uma “perspectiva demasiado feminina”.
- A reportagem. Em março de 2023, a Rolling Stone publicou uma reportagem com 13 testemunhos a contar relatos de uma produção caótica, um ambiente tóxico e guiões incompletos e que continham cenas sexuais e fisicamente violentas e perturbadoras num estilo “tortura porno” (que nunca chegaram a sair das páginas nem foram filmadas).
- As críticas. Em maio, apesar de receber alguns elogios e ter direito a uma ovação de cinco minutos de pé, as críticas foram arrasadoras — o que se refletiu depois em sites da especialidade porque os únicos críticos que tiveram acesso ao visionamento foram os que marcaram presença no festival de Cannes. No Rotten Tomates, “The Idol” tem uma média de 25% (em 100%), no agregador Metacritic está com 30 (em 100) e no IMdB está com 6.1 em 10.
A reação dos protagonistas a tudo isto? Defenderam o projeto e negam os acontecimentos descritos na reportagem da Rolling Stone. Lily-Rose Depp, em conferência de imprensa, em Cannes, negou que o set fosse tóxico. O mesmo disseram Abel "The Weeknd" Tesfaye (que considerou as acusações do artigo “ridículas”) e Sam Levinson (que acredita que “The Idol” será o “maior sucesso do verão” só por causa de todo o burburinho).
Mas no que consistem em concreto as críticas? A mais comum é a de que “The Idol” revela muita pele, fala muito sobre sexo, mas tem muito pouco para dizer sobre o “sistema” que pretende expor. É suposto ser um exposé ao que as mulheres sofrem na indústria da música e do entretenimento, só que acaba por ser algo totalmente diferente, uma vez que Sam Levinson e Abel "The Weeknd" Tesfaye fizeram uma fantasia masculina gratuita estilo “50 Sombras de Grey”.
Pondo isto, achamos pertinente fazer a questão: será “The Idol” assim mesmo tão descarado, mau e provocador como estão a querer fazer transparecer? Ou é possível que as reportagens e polémicas influenciassem o que foi escrito em Cannes? Foi o que a Mariana Santos e o João Dinis foram tentar descobrir no último episódio do podcast Acho Que Vais Gostar Disto.
Nos créditos finais do episódio, rubrica em damos sugestões do que ver, ler e ouvir, falamos de:
- Concerto de Abel "The Weeknd" Tesfaye em Algés
- And just like That… (HBO Max)
- Arnold (Netflix)
- 25 anos de “Truman Show”
- No Meio da Multidão (Apple TV+)
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