A atribuição do prémio à escritora foi decidida em dezembro, em reconhecimento pela “latitude e profundidade da sua obra”. O júri foi composto pelos professores Antonio Sáez Delgado (UÉ, que presidiu), Cláudia Afonso Teixeira (UÉ), Fernando Cabral Martins (Universidade Nova de Lisboa), Ângela Fernandes (Universidade de Lisboa), e pela jornalista Anabela Mota Ribeiro.

A cerimónia contará com intervenções da premiada, do júri e da reitora da UÉ, Ana Costa Freitas.

Nascida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1937, Nelida Piñon foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras, tem uma extensa produção literária, traduzida em diversas línguas, e foi distinguida com prémios como Jabuti, Rosalía de Castro, Casa de las Americas e Príncipe de Astúrias das Letras, entre outras distinções.

Convidada de honra do festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, que encerrou no passado domingo, tem editados em Portugal títulos como “A República dos Sonhos”, “Livro das horas”, “Aprendiz de Homero”, assim como o seu mais recente romance, “Uma Furtiva Lágrima”, que chegou às livrarias no final de janeiro.

O prémio, instituído em 1996 em homenagem ao escritor Vergílio Ferreira, autor de “Até ao Fim” e “Para Sempre”, distingue anualmente o conjunto da obra de um autor de língua portuguesa.

A escritora Maria Velho da Costa foi a primeira distinguida com o Prémio Vergílio Ferreira, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa-Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia, Lídia Jorge e João de Melo.

Em 2018 foi premiado o escritor Gonçalo M. Tavares.