A exposição, no seu nome original “Living Among What’s Left Behind” e que mostra o projeto na sua totalidade, foi também premiada pela Sociedade Portuguesa de Autores e vai agora passar por Almada, no distrito de Setúbal, de 16 de outubro a 30 de dezembro.
Numa nota de imprensa, a autarquia de Almada explica que a exposição tem um novo formato sendo as fotografias apresentadas em grande dimensão e em forma de colagem.
As fotografias originais, tiradas em formato Instax (fotografia instantânea da Fujifilm) também estarão expostas e mostram dessa forma documentos únicos que retratam as diferentes famílias que vivem nas margens do rio Pasig, nas Filipinas.
O rio Pasig, um dos mais poluídos do mundo e considerado biologicamente morto desde a década de 1990, são o foco do trabalho de Mário Cruz.
Todos os anos são depositadas mais de 30.000 toneladas de lixo no rio Pasig e, em determinados pontos, a densidade da poluição torna possível atravessar o rio de uma margem para outra a pé.
O edifício da antiga União Elétrica Portuguesa (edificio EDP) será o palco da exposição que é acompanhada por uma instalação que conta com várias toneladas de lixo.
Mário Cruz, autor de “Viver entre o que é deixado para trás”, considera que este local esquecido pelo tempo, com materiais gastos, objetos destruídos, remete para o cenário que encontrou nas Filipinas, classificando a localização como única para uma exposição que tem dois propósitos: alertar e refletir.
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