A companhia, em declarações à Lusa, promete uma programação diversificada do teatro à dança e ao cinema, "para um público dos zero aos 93", e a vontade "trabalhar com a comunidade".
A Câmara de Odivelas, responsável pelo espaço cultural, disse à Lusa que ao concurso público para a nova gestão do Malaposta "foi apresentada uma única proposta [da Yellow Star Company] que foi submetida a avaliação e aprovação".
A candidatura foi "submetida a fiscalização prévia do Tribunal de Contas, tendo já obtido o respetivo visto".
A Yellow Star Company inicia funções no dia 1 de maio, sucede à Minutos Redondos que geria o espaço desde 2019, e "o prazo de vigência do contrato de concessão é de quatro anos, renovável automaticamente por dois anos, até ao limite de duas prorrogações".
Em declarações à Lusa, as responsáveis do coletivo cultural Minutos Redondos, Manuela Jorge e Joana Ferreira, disseram que não se candidataram a uma renovação da gestão da programação, porque "o concurso não era vantajoso" para o coletivo, e lamentaram "a falta de apoio por parte da Direção-Geral das Artes".
O coletivo Minutos Redondos, segundo os seus estatutos, visa a criação e produção de espetáculos nas diferentes áreas artísticas, passando pela gestão e programação de conteúdos e espaços culturais. Paralelamente, desenvolve um trabalho na área das dobragens de filmes e séries televisivas, e na tradução para legendagem.
Desde março de 2019, Manuela Jorge e Joana Ferreira, pelo coletivo Minutos Redondos, assumiram a gestão da programação do Centro Cultural da Malaposta, onde se apresentou teatro, exposições de artes plásticas, cinema, diferentes vertentes musicais, do jazz ao experimentalismo e ao fado, e dança, entre outras expressões artísticas, "numa opção clara pelo vanguardismo", segundo as produtoras.
Em declarações à agência Lusa, os fundadores da Yellow Star Company, Carla Matadinho e Paulo Sousa Costa, disseram que o Malaposta permite terem um espaço para apresentarem as suas produções na área metropolitana de Lisboa, depois de terem saído do Teatro Armando Cortez, na Casa do Artista, na capital.
A companhia atualmente apresenta-se no Auditório Taguspark, em Oeiras. A Yellow Star Company tem sete produções que tem apresentado em diversos palcos, entre as quais "A Ratoeira", de Agatha Christie, com encenação de Paulo Sousa Costa.
Carla Matadinho realçou o caráter itinerante da companhia, apontando-a como "a que faz mais digressões pelo país".
Os seus espetáculos foram vistos "por mais de 30.000 pessoas", disse a responsável. Uma característica que a Yellow Star Company vai manter, mesmo depois de tomar a gestão da programação do Centro Cultural da Malaposta.
Paulo Sousa Costa salientou as possibilidades do palco do Malaposta, que permitirão apresentar diferentes espetáculos, e disse que, além de teatro, pretende-se uma programação que inclua ópera, dança, ciclos de cinema e até propostas de outras estruturas artística, prometendo "um espaço para apresentação de projetos" e outros criadores.
Uma programação "diversificada para um público dos zero aos 93" é a proposta da Yellow Star Company, disse Matadinho, acrescentando que quer "trabalhar com a comunidade".
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